Os técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional da Paraíba (Iphan/PB), juntamente com representantes das secretarias de Meio Ambiente (Semam), Infraestrutura (Seinfra) e Planejamento (Seplan), realizaram uma visita ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica). A visita que aconteceu nesta quinta-feira (11), junto ao arquiteto responsável pelo projeto de requalificação do Parque, Marcos Santana, teve o intuito de compatibilizar os processos de restauração da fonte de Tambiá com o do projeto de requalificação do Parque.

A Fonte de Tambiá deu origem ao nome Bica, como é conhecido popularmente o Parque, e foi interditada por conta de avarias em sua estrutura. Atualmente, estão sendo traçados os próximos passos para sua restauração pelo Iphan, que é o responsável pelo projeto. Em paralelo, a Prefeitura de João Pessoa está executando obras que irão oferecer melhor acessibilidade ao público, como também a construção de novos recintos para os felinos, dentre outras requalificações para o local, que deve ser reaberto em breve.

Ana Luiza Schuster, Técnica de Arquitetura e Urbanismo do Iphan e fiscal da obra de restauração da Fonte de Tambiá, explicou que não apenas a Fonte será restaurada, como também será trabalhada a área do entorno, para que haja maior visibilidade da Fonte, em si, como também maior utilização e acesso ao local. “Deve abrir o espaço da fonte para o público poder chegar até ela novamente, tocar na água e se refrescar, vai ser um espaço para o público ficar sentado, contemplando a paisagem e circulando próximo a ela, vai retornar ao espaço agradável que já era antes. Já foram feitos estudos, tanto do ponto de vista arqueológico como de solos, para verificar algumas condições e entender por onde a água flui, porque há várias minas de água, percebemos também que a forma que estava a infraestrutura anterior não era fácil de fazer a manutenção e isso gerou uma proposta de projeto que vai produzir canaletas e formas de conduzir a água, de uma maneira que facilite a manutenção do Parque no dia a dia”, frisou.

Ainda segundo Ana Luiza, há uma equipe contratada de arquiteto, arqueólogo e paisagista, como também a Semam, Seinfra e Seplan envolvidos na discussão e execução da obra da Fonte, que está prevista para ter início entre os meses de setembro e outubro, levando em torno de seis meses a um ano para o término, mas ela ressalta que é um trabalho que exige uma grande dedicação e que existe a possibilidade de serem encontrados artefatos arqueológicos no local, e, caso isso ocorra, poderá alterar o cronograma pensado inicialmente. “Se houver esses achados, a gente não tem como mensurar qual tempo vai ser a execução da obra”, afirmou.

Para Jair Azevedo, diretor do Parque, a restauração da Fonte de Tambiá, em paralelo ao projeto de requalificação da Bica, é de suma importância para que, quando as obras estiverem prontas, a população de João Pessoa possa usufruir de um espaço muito mais agradável. “As pessoas vão poder trazer suas famílias e encontrar espaço de lazer e entretenimento muito mais acessível e aconchegante, então, é importante que haja esse entendimento na restauração, por parte do Iphan e por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa”, disse Jair Azevedo.