Música, brincadeiras, diversão, algodão-doce e pipoca. As famílias atípicas que participaram da 33ª edição do Tardezinha Inclusiva, no Centro Cultural de Mangabeira Tenente Lucena, neste domingo (28), tiveram acesso a tudo e, claro, a muita alegria e animação. O evento, realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e Associação Paraibana de Autismo (APA), trouxe o tema ‘Divertidamente’.

O tema agradou tanto que Karoline Henrique da Costa, de 11 anos, se fantasiou com o personagem do filme, Tristeza, para participar do evento. E apesar da caracterização, Karolzinha, como é carinhosamente chamada pela mãe Flávia Henrique Pacheco, estava esbanjando felicidade em poder ter acesso a um momento tão divertido e lúdico.

“Eu estou muito feliz. Eu escolhi a personagem Tristeza, porque eu amo esse personagem, também amo a cor dela. Gosto muito de vir para esse lugar, aproveito todas as brincadeiras”, falou.

A mãe Flávia, não conteve as lágrimas de ver o sorriso no rosto da filha e expressou a gratidão por poder viver esse movimento de inclusão proporcionado pelo Tardezinha Inclusiva. “Cada mês, cada domingo que a gente vem é algo diferente, é algo renovado e eu sou muito feliz como mãe de trazer Karolzinha, porque ela tem aprendido muito com a Tardezinha Inclusiva, veio somente para somar. Eu fico emocionada, porque a Tardezinha tem feito muito, tanto na audição, dicção e no social. E eu, como mãe, só tenho que agradecer”, conta Flávia acrescentando que antes a filha vivia isolada.

A presidente da Associação Paraibana de Autismo (APA), Hosana Carneiro, confirma o impacto do projeto na vida dessas famílias. “A gente que faz o projeto entende que a pessoa autista, o autismo é um espectro, nós temos autistas com diversos interesses, então a gente procura trazer sempre os temas atuais, porque eles se sentem incluídos. É um tema que está sendo falado na escola, está sendo falado nas famílias, no próprio cinema. Dentro do espectro há muitas pessoas com essa necessidade de viver esse momento divertidamente”, enfatizou.

Nik Fernandes, uma das organizadoras da Tardezinha Inclusiva, explica a intenção da equipe em cada edição do evento. “A Tardezinha faz parte do calendário das famílias atípicas. A gente faz, tematicamente, cada Tardezinha tem um tema. Hoje é Divertidamente. Nós levamos 584 crianças para 4 salas de cinema e eles saíram encantados. Então, a gente pega esse conteúdo que agrada a eles e aplica aqui”, ressaltou.

Divertidamente – O tema também agradou Adriana de França que levou a filha Maria Vitória. “Eu fiquei conhecendo esse projeto através da professora dela. E eu amei. Sempre que eu posso, eu venho, porque é maravilhoso. Até eu me divirto também. Trago ela e me divirto junto. Eu me sinto uma criança também, porque a dificuldade dela é mais motora. Vir para cá é muito bom, é um projeto muito bom”, falou.

Silvio de Monteiro da Silva estava no Tardezinha Inclusiva com a filha Vitória Monteiro, de 7 anos, e ressaltou o incentivo que o projeto é para as crianças dentro do espectro autista e suas famílias. “É uma coisa boa porque incentiva muitas crianças. Quando vem ter esse evento, melhor ainda porque vai incentivar também as músicas, o pula-pula, tem as coisas para incentivar”, finalizou.