Os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da Prefeitura de João Pessoa estão dando continuidade aos trabalhos de execução do Plano de Descarbonização e Adaptação Climática, mais conhecido como Plano de Ação Climática (PLAC), preparando as oficinas técnicas da próxima etapa que será realizada em junho, dias 12, 13 e 14.

Para execução do PLAC, os técnicos trabalham com os resultados do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), elaborado pela Semam e da Pegada Hídrica, além de cenários futuros relacionados às emissões de GEE, a partir de políticas públicas existentes, tendências de mercado e referências de Planos de Ação Climática de outras cidades brasileiras.

A Pegada Hídrica é um diagnóstico que será usado durante a elaboração do PLAC. Trata-se da quantidade de água necessária para produzir determinada coisa ou evento, em um local determinado, local, em termos de consumo e poluição. Em João Pessoa foi constatado que a pegada hídrica cinza – aquela que se refere ao volume de água necessário para assimilar a carga de poluentes – representa quase a totalidade da pegada hídrica da cidade (98,6%). O subsetor industrial da pegada hídrica apresentou a maior pegada, com 72%, seguido do uso doméstico, com 27% e da agropecuária, com 1%.

A discussão sobre o PLAC vem sendo promovida pelos técnicos da Semam, que realizam lives abertas à participação da população. O conteúdo também está disponível no Youtube, no link https://www.youtube.com/watch?v=3tX-2aTfXYo. O engenheiro ambiental Janduí Figueiredo, chefe da Divisão de Estudos Climáticos e coordenador do Núcleo de Estudos sobre Mudanças Climáticas da Semam, destacou que a partir dos diagnósticos serão propostas ações de reduzir os impactos para o desenvolvimento de João Pessoa, para que tenhamos um desenvolvimento cada vez mais sustentável nos próximos anos. “Integrar as ações de mitigação e adaptação ao Plano de Desenvolvimento Municipal é uma das estratégias da Prefeitura, alinhando as ações aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)”, concluiu.

Plano de Ação Climática – Iniciado em novembro de 2021, o processo de desenvolvimento do Plano de Ação Climática de João Pessoa terá 18 meses de duração e deverá propor ações de mitigação e adaptação para o desenvolvimento urbano sustentável da cidade nos próximos anos.

A iniciativa conta com apoio da WayCarbon e do ICLEI América do Sul, instituições contratadas para a prestação de serviços técnicos especializados, coordenação e execução das atividades referentes à elaboração do Plano. O documento integra o Programa de Desenvolvimento Urbana Integrado e Sustentável de João Pessoa, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e tem como o principal objetivo neutralizar as emissões líquidas de Carbono até 2050 e tornar a cidade mais resiliente e saudável.