A 52ª edição da Caravana do Cuidar foi realizada, nesta sexta-feira (19), em alusão ao Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. A ação, promovida pela Prefeitura de João Pessoa, aconteceu em frente ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop I), localizado no bairro do Centro, onde foram realizados 257 atendimentos nos serviços de assistência social e saúde.

Além dos serviços oferecidos em edições anteriores, o evento desta sexta-feira também contou com apresentações culturais, com do cantor Vital Luz e do grupo de percussão do Consultório na Rua e do projeto Chega Junto; e exposição de plantas e peças de artesanato produzidas pelos acolhidos. Representantes da Defensoria Pública da Paraíba e dos serviços socioassistenciais da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc) também estiveram presentes.

“Nossos serviços têm esse olhar humano para os direitos da população em situação de rua. Trabalhamos por um espaço que acolha, oriente e encaminhe para as demais políticas públicas. E o mais importante, garantindo a cidadania dessas pessoas. O dia 19 marca o movimento de luta pelos direitos das pessoas em situação de rua, de luta pela efetivação das políticas públicas e para tirar essas pessoas da invisibilidade. Esse é o objetivo da atual gestão Municipal”, destacou o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, João Corujinha.

Uma das histórias compartilhadas durante a ação foi a de uma mulher de 42 anos, que é dependente química em tratamento e foi acolhida pelos serviços da Prefeitura de João Pessoa. “A primeira vez que eu vim para o Pop eu era casada, trabalhava e tinha uma casa. Mas eu era usuária de droga. Até que fui abandonada pelo meu ex-marido, cheguei ao ponto de ficar sem casa e precisei buscar ajuda. Fui encaminhada para o Pop II, onde encontrei o acolhimento que precisava e um novo amor. Eu tenho o Centro Pop como a minha casa, onde encontrei respeito e dignidade”, comentou.

O novo amor dela foi o artista plástico Gardman Gledson, que faleceu, por conta de um problema de saúde, em outubro 2021. Ele também foi acolhido pelo Centro Pop II e se reencontrou na arte. “Atualmente não estou trabalhando, mas faço minhas peças de artesanato, o que me ajuda muito, e tenho atendimento psicológico no Caps. Estou morando na Casa de Acolhida Adulto I, mas o meu maior sonho é ter uma casa e poder voltar a morar com as minhas filhas”, contou a mulher.

Balanço – Dos 257 atendimentos realizados pela Caravana do Cuidar, 9 foram do Cras; 25 cadastros no Cadúnico; 44 aferições de pressão arterial; 44 testes rápidos de glicemia; 45 atendimentos de auriculoterapia; 42 atendimentos médicos e 36 marcações de consultas e exames médicos.