A Prefeitura de João Pessoa está trabalhando na elaboração de um protocolo de gestão para o atendimento de crianças e adolescentes e suas respectivas famílias nos residenciais construídos pelo município. Para discutir o assunto, foi realizada uma reunião, nesta segunda-feira (12), com representantes das Secretarias de Habitação (Semhab) e de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc) e o Ministério Público da 32ª Promotoria da Criança e do Adolescente.

Na ocasião, foi apresentado o trabalho de assistência que a Semhab realiza com os moradores dos residenciais, ação essa que tem uma atenção especial às crianças e aos adolescentes. Trata-se do Programa Pós Ocupacional, que oferta atividades físicas, recreativas e culturais, debates e palestras sobre diversos temas, fazendo o acompanhamento e a orientação desses jovens. Esse trabalho também é direcionado as crianças e adolescentes que têm alguma deficiência física ou intelectual, ou ainda que enfrentam problemas no âmbito familiar, como maus tratos ou repressão em sua sexualidade, o que pode levar os jovens a comportamentos agressivos ou até mesmo envolvimento com atos ilícitos.

A secretária de Habitação Social, Socorro Gadelha, disse que a gestão está engajada na elaboração do protocolo e parabenizou o Ministério Público pelo trabalho realizado em parceria com várias secretarias municipais. “A reunião foi muito proveitosa. A determinação do prefeito Cícero Lucena tem sido de entregar uma moradia, mas ao mesmo tempo oferecer a essas famílias uma qualidade de vida melhor e uma perspectiva de futuro com novas oportunidades”, afirmou.

A representante do Ministério Público, Shirley Abreu, explicou que a Promotoria da Criança e do Adolescente tem se engajado na elaboração desse protocolo  de gestão, acrescentando que já foram realizadas reuniões com outras secretarias municipais. “O nosso propósito é dialogar com as secretarias do Município para que seja feito um trabalho intersetorial, cujo alvo é o atendimento às crianças e adolescentes, para que eles sejam acompanhados pelos serviços de acolhimento oferecidos pela Prefeitura, visando à realização de políticas públicas direcionadas a esses jovens e suas famílias”, reforçou.

Edilene Brandão, coordenadora do atendimento de alta complexidade da Sedhuc, explicou que o protocolo está sendo construído em conjunto e o objetivo é o acolhimento institucional de crianças e adolescentes e suas famílias, uma articulação que envolve todas as secretarias que trabalham com esse público. “A intenção é elaborar um conjunto de ações a serem executadas e que vão servir de complemento ao trabalho que já é feito hoje, atendendo também os jovens que já são assistidos pelo Serviço de acolhimento famílias e o protocolo vai definir o papel de cada secretaria ou órgão na execução dessa política de acolhimento.