Mês da Consciência Negra

Grupo de mulheres do Residencial Vista do Verde faz visita ao Quilombo de Paratibe

12/11/2024 | 21:00 | 287

Com objetivo de promover a integração entre as comunidades que são assistidas pela Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Habitação Social (Semhab), um grupo de mulheres do Residencial Vista Alegre, no Bairro das Indústrias, participou, na manhã desta terça-feira (12), de uma ação na Comunidade Quilombola de Paratibe. A visita faz parte da programação em comemoração ao Mês da Consciência Negra.

A secretária de Habitação Social, Socorro Gadelha, explicou que a visita ao Quilombo de Paratibe foi uma idéia da equipe técnica e social para promover a aproximação entre as duas comunidades assistidas pela Prefeitura. “A Comunidade Quilombola de Paratibe vem sendo acompanhada pela Secretaria já faz algum tempo e, em breve, os moradores vão receber o Residencial Hélio Miguel da Silva, que vai abrigar 80 famílias quilombolas e será o primeiro quilombo vertical do Brasil”, ressaltou.

O grupo de mulheres foi recebido pelas lideranças do quilombo e, na ocasião, a assistente social Claudia Gouveia fez um relato histórico sobre o povo negro e o período da escravidão. “A gente precisa conhecer um pouco da nossa história e o que estamos fazendo é aproximando pessoas que têm a mesma origem e muitas vezes não sabiam”, comentou.

O presidente da Associação Beneficente das Comunidades Remanescentes do Quilombo de Palmares de Paratibe, Cristiano Ramos, disse que a visita foi muito importante, pois é mais uma forma de promover a interação com outras comunidades, ao mesmo tempo em que divulga a história do quilombo e de sua cultura.

“O Quilombo de Paratibe foi reconhecido entre 2006 e 2007, mas a presença dos quilombolas nessa região tem pelo menos uns 150 anos. Temos uma grande preocupação em manter as tradições culturais e a história da comunidade quilombola viva”, afirmou.

Durante a visita, o grupo de mulheres conheceu o trabalho feito pela associação, que mantém aulas de música, informática, pinturas e peças de artesanato.

A professora Maria José Brito da Silva disse que não conhecia o Quilombo de Paratibe e ficou encantada com as histórias que ouviu. “Principalmente com a preocupação em preservar as tradições culturais, como a produção de artesanato, o folclore e a união que existe entre eles”, disse.

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