Nota máxima

Aluno da Escola Municipal Índio Piragibe conquista medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia

10/07/2024 | 20:00 | 21

A Escola Municipal Índio Piragibe, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, tem um medalhista olímpico. O aluno do 8º ano do Ensino Fundamental, Johny Wiliam de Oliveira, de 13 anos, tirou nota 10 na prova objetiva da 27ª Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) e conquistou a medalha de ouro da competição. O estudante competiu no nível 3, que compreende o Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano. 

A competição se dá através de um somatório da prova escrita e do lançamento de foguetes. Na prova feita por Johny foram abordados conteúdos sobre constelações, rotação e translação da Terra e dos demais planetas do Sistema Solar, conceitos de brilho e luminosidade das estrelas, além das leis da física – Leis de Kepler e Lei da Gravitação Universal de Newton -, entre outros conteúdos. O estudante teve 2h para responder sete perguntas sobre astronomia e três de astronáutica, valendo um ponto cada e gabaritou.  

Johny Willian conta que o resultado é fruto de muito esforço e do apoio dos professores e dos pais, Genilson Sebastião e Marineide Laudelino. “Estou me sentindo muito feliz. Foram meses de estudo e pesquisa, me dediquei muito. Meus pais estão muito felizes também, é uma emoção muito grande para eles. E agradeço também ao meu professor André e a todos da minha escola. No futuro pretendo estudar para Medicina e sei que essa dedicação vai ser um reflexo”, falou. 

O professor de Ciências da escola, André Castro, revelou como todos os integrantes da unidade estão felizes por Johny, considerado um aluno brilhante. “Ele é um aluno que tem muitas qualidades, é esforçado, focado e esse desempenho dele na Olimpíada Brasileira de Astronomia nos deixou muito felizes. Nós ficamos extremamente felizes. Johny é um menino que conta muito com o nosso apoio e dos pais também”, comemorou. 

André de Castro lembrou o esforço de toda a equipe da Escola Índio Piragibe para conquistar um resultado como esse. “Foi um trabalho que a escola abraçou e teve o apoio da Secretaria de Educação desde o evento da mostra de foguetes. Isso motivou os alunos. Nós professores nos empenhamos muito em estimular os alunos a pesquisarem e Johny superou nossas expectativas. Nós acreditamos de fato na educação pública”, relatou o professor. 

Para a diretora pedagógica da Escola Índio Piragibe, Priscila Kelly de Alencar, ver Johny conquistar nota máxima na Olimpíada Brasileira de Astronomia é ver também o resultado de um esforço conjunto de todos os profissionais que fazem a educação pública de João Pessoa, especialmente os da unidade de ensino a qual ela coordena. 

“Para nós é um motivo de muita alegria ver nossos alunos alcançando esses resultados. É um esforço coletivo dos professores e da família. Esse projeto da Olimpíada foi conquista e fruto de uma grande soma. A escola tem esse olhar atento para o estudante se desenvolver. Ficamos muito felizes também pela dedicação do professor André e por todo esse resultado”, ressaltou. 

Escolas ganham destaque – Chefe do Departamento de Programas Especiais da Prefeitura de João Pessoa, Alcilene da Costa Andrade conta com alegria como as escolas municipais estão ganhando muito destaque em olimpíadas nacionais. Especificamente em relação à OBA, onde o município tem cinco escolas que foram classificadas para a 2ª etapa.  

“A Escola Quilombola está no segundo ano consecutivo no lançamento de foguetes. A Escola Índio Piragibe se destacou entre as demais na prova escrita também e, por isso, recebeu a medalha de ouro. Mas é preciso reconhecer que outras escolas têm se destacado em outras olimpíadas de conhecimentos, como é o caso da Olimpíada Brasileira de Matemática, quando obtivemos também medalhas de ouro”, elencou. 

Alcilene da Costa celebra as conquistas. “A emoção é enorme, tendo em vista que mostra que a escola tem cumprido com a sua função precípua, que é de oferecer conhecimentos, especialmente para os/as estudantes da escola pública. Destaco também dois aspectos relevantes para essa medalha: a primeira é o fato dela está inserida dentro de uma área de conhecimento que é a astronomia e a mostra de foguetes, que culturalmente não tem muita ênfase no currículo e, o segundo aspecto, é o fato das escolas municipais disputarem com os mesmos critérios das escolas privadas”, destacou.  

E ela reconhece os apoios para que todos possam comemorar essas conquistas. “Gostaria de ressaltar o apoio que a Secretaria da Educação tem dado às escolas no âmbito das diversas olimpíadas, inserindo em seu organograma a seção de jogos e olimpíadas, que vem apoiando e motivando os profissionais”, concluiu. 

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