Nossas Vidas Negras

Live nesta sexta-feira apresenta experiências e demandas das mulheres negras de João Pessoa

22/07/2021 | 19:20 | 929

A Coordenadoria Municipal de Promoção à Cidadania LGBT e Igualdade Racial, com o apoio da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), promove a live ‘Nossas Vidas Negras’, que acontece nesta sexta-feira (23). A transmissão será através do canal da Prefeitura de João Pessoa, no YouTube, a partir das 15h. O objetivo é apresentar experiências de mulheres negras que moram em João Pessoa a partir dos seus lugares de fala e atuação, estimular reflexões e identificar as demandas dessas mulheres a partir de suas vivências.

“O compromisso da Funjope é de valorizar e potencializar os cuidados com as mulheres e, sobretudo, com as mulheres negras. Esse movimento, que começa a partir do gabinete do vice-prefeito, trata de uma defesa pública e a reafirmação do sentimento de que o governo do prefeito Cícero Lucena vai abraçar e cuidar de todos os segmentos e grupos sociais, seguindo uma rota de inclusão e proteção social”, declarou o diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves.

Entre a diversidade de mulheres que participam da iniciativa ‘Nossas Vidas Negras’, estão artistas como o grupo Coco de Oxum e as cantoras Nathalia Bellar e Manu Lima. O evento faz alusão ao ‘Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha’.

Esse dia, conforme assessora técnica de Promoção à Igualdade Racial de João Pessoa, Ângela Pereira, faz parte do calendário de luta do movimento de mulheres negras. “É um dia que representa o resgate e o fortalecimento da resistência dessas mulheres na denúncia das opressões, violências e negligências no acesso a políticas públicas, bem como de reivindicações para condições dignas de existência”, declarou. A data. no Brasil. também representa o ‘Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra’, instituído pela Lei nº 12.987/2014.

Tereza de Benguela viveu no século XVIII, no Quilombo do Quariterê, o maior do Mato Grosso, localizado na fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia. O quilombo abrigou mais de 100 pessoas e Tereza tornou-se liderança da comunidade negra e indígena que resistiu a duas décadas de escravidão, após a morte de seu companheiro José Piolho.

“Marcar essa data compartilhando experiências de vida de mulheres negras que vivem em João Pessoa e refletir sobre os desafios de existência é uma maneira de celebrar a ancestralidade das mulheres negras sem deixar de buscar melhores condições de existência de forma democrática”, completou Ângela Pereira.

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