Da sala de aula para o cinema

Prefeito destaca poder transformador da Educação Pública durante pré-estreia do curta ‘Esperançar’

23/05/2024 | 21:15 | 215

Depois de encantar plateias de teatros, escolas e festivais, o espetáculo ‘Esperançar’, dos alunos do grupo Kairós, da Escola Municipal Padre Pedro Serrão, se tornou obra cinematográfica, com sua pré-estreia lançada oficialmente nesta quinta-feira (23), com a presença do prefeito Cícero Lucena, no Cineplex do Mag Shopping. O gestor municipal deu visibilidade ao grupo na atual gestão, acreditando no talento dos alunos e fortalecendo o projeto junto à Cidade da Imagem, de São Paulo, responsável por levar a peça criada na sala de aula para a tela do cinema.

‘Esperançar’ fala sobre a seca e suas consequências, o motivo de sua existência de uma forma crítica e inserindo o papel da educação pública. “É tempo de Esperançar”, diz um trecho do texto, que ganhou uma adaptação em tom poético para a tela de cinema. A peça criada de forma coletiva pelos próprios alunos, sob orientação do professor Flávio Ramos, também é resultado do valor da escola pública, que ela pode ter qualidade igual ou melhor do que qualquer outro padrão. Que a educação pode ser transformadora.

“Hoje é algo que nos realimenta na esperança da educação cumprir o seu papel no município de João Pessoa para mudar a vida das pessoas para melhor. Essa é a verdadeira educação pública, que deve ser oferecida em todas as cidades. Então, ver esse movimento, essa beleza artística, a descoberta de talentos, profissionalizar esses jovens, é como diz o filme no seu nome, é ter esperança no futuro melhor, é fazer com que a gente acredite que com trabalho, com dedicação, pode mudar a vida das pessoas”, afirmou Cícero Lucena.

O curta foi filmado na antiga Fábrica Matarazzo, no Centro Histórico de João Pessoa, que está sendo transformada pela Prefeitura em polo de audiovisual para fomentar o cinema e a indústria criativa na Capital. Depois da pré-estreia, ‘Esperançar’ será exibido na próxima terça-feira (28), durante a 2ª edição do Festival de Cinema de João Pessoa (FestincineJP), que começa no próximo domingo (26). O diretor executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), Marcus Alves, projetou um novo momento para o segmento na cidade e do grupo Kairós, que está encantando plateias.

“Este filme é simbólico para as crianças e para essa experiência que nós estamos desenvolvendo em torno da política de audiovisual na cidade de João Pessoa. Esperançar, o filme, é um momento mágico em que João Pessoa vai conhecer a capacidade e a criatividade das nossas crianças”, afirmou Marcus Alves.

A CEO da Cidade da Imagem, Sylvia Arone, disse que esse é o trabalho mais especial de sua carreira, mesmo depois de ter trabalhado com profissionais do cinema de vários lugares do Brasil e do mundo. “A emoção, a alegria que eu senti durante todo esse processo. Eu trabalhei com o cinema internacional durante muitos anos, com atores que são celebridades, com equipes gigantescas, e de todos os projetos que eu fiz na minha vida, esse foi o que mais me impactou. Foi o que mais me emocionou, é o projeto do meu coração”, afirmou.

A pré-estreia foi uma oportunidade para que o próprio elenco, familiares e convidados especiais pudessem assistir em primeira mão. A emoção tomou conta na sala de cinema com o resultado de uma história que, apesar de já está fazendo sucesso, fez parar e viver apenas os primeiros capítulos. O professor e diretor Flavinho Ramos agradeceu o olhar do prefeito Cícero Lucena, da gestão municipal de acreditar no potencial dos alunos e de todo horizonte que se apresenta para o grupo.

“A gente está numa alegria muito grande, porque o trabalho existe desde 2011 e esses meninos e meninas estavam escondidos dentro de um colégio. E aí, com esse olhar mais sensível do prefeito Cícero Lucena, trouxe as pessoas da Cidade da Imagem para ver o Esperançar, à peça e eles encantaram tanta gente. O diretor Jaime Monjardim se encantou também e aí começou a sonhar com o cinema, que é uma linguagem completamente oposta do que eles estão acostumados. Então, foi  um trabalho gigantesco, mas muito prazeroso, porque a gente vem falando sempre nos processos do teatro do encantamento”, afirmou.

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