Valorização da cultura

Funjope comemora sucesso de eventos em áreas como audiovisual, música, artes cênicas e visuais

31/12/2022 | 17:00 | 854

A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) encerra 2022 comemorando conquistas em diversos setores da cultura. Seja no audiovisual, dança, música, artes cênicas ou artes visuais, a proposta da Prefeitura de João Pessoa é trabalhar nos eventos tradicionais, mas investir numa política de cultura e valorização dos artistas locais sempre com recursos próprios, estimulando o mercado das artes.

“A nossa felicidade é que fechamos o ano com a certeza de que conseguimos desenvolver, ao longo de 2022, uma política pública que valoriza o artista local, a questão de editais e que também garante a organização de grandes eventos. Foi um ano cheio de conquistas por isso”, comemorou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

Ele ressaltou que a Fundação teve dois grandes marcos, o Festival de Quadrilhas Juninas e o Festival Internacional de Cinema de João Pessoa (FestincineJP). Marcus frisou que os outros eventos têm a sua importância, mas foi criado um modelo significativo, diferente e inovador para o Festival de Quadrilhas. Além disso, também foi instaurado um modelo para o Festival de Cinema. “Foi um festival de sucesso, extrapolou a região Nordeste, teve alcance nacional, internacional e ainda hoje os profissionais de cinema da cidade nos relatam como eles tiveram mudanças na sua produção a partir do FestincineJP. Isso é muito significativo para todos nós”, afirmou Marcus.

O investimento na cultura e na valorização dos artistas tem acontecido em vários nichos. Somente este ano, foram lançados cinco editais. Três deles para compor o calendário de atividades 2022/2023 dos equipamentos Galeria Casarão 34, Casa da Pólvora e Hotel Globo. Projetos de cultura popular vinculados à participação de quadrilhas nos festejos juninos de João Pessoa também contaram com um edital, que teve valor total de R$ 335 mil, com incentivo do Fundo Municipal de Cultura.

Teve também o edital que permitiu a realização do XVII Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap), com distribuição de R$ 55 mil em premiações para propostas de todo o Brasil.

Eventos – Ao longo do ano, foram eventos e ações para todos os públicos, reunindo talentos paraibanos que distribuíram alegria e entretenimento por onde passaram. Entre os destaques, alguns eventos uniram música e dança com as participações da Companhia Municipal de Dança e Orquestra Sinfônica do Município. O mais recente foi o ‘Concerto de Natal’, no Parque Solon de Lucena. Houve apresentação em conjunto nas aberturas do Festival de Verão Cidades Criativas, em março, e do I Festival Internacional de Cinema de João Pessoa (FestincineJP), em agosto.

O FestincineJP premiou as melhores produções inscritas e trouxe à Capital grandes players locais, nacionais e de outros países, além de diretores e cineastas, entre eles Tizuka Yamasaki. O Festival ofereceu sessões gratuitas de cinema no Centerplex, do Mag Shopping.

Durante cinco dias, o Festival de Verão Cidades Criativas reuniu 11 atrações, espalhando cultura pela cidade. Participaram nomes da música, teatro, dança, cultura popular, cinema, literatura e artes visuais, além de representantes dos 12 municípios que compõem o programa da Unesco no Brasil.

Funjope em números – O São João Multicultural envolveu o Festival de Quadrilhas Juninas e a tradicional festa junina que se espalhou, com 39 atrações musicais, em locais como o Centro Cultural de Mangabeira, Casa da Pólvora, Hotel Globo e Feirinha de Mangabeira. Só no Parque Solon de Lucena, foram 16 artistas no palco principal durante quatro dias. No mesmo período, oito atrações estiveram nos polos distribuídos ao redor da Lagoa.

Durante o ano, por meio da Divisão de Música, a Funjope levou 43 grupos e artistas da cultura popular a eventos que incluem circo, escolas de samba, repentistas, ala ursas, escolas de capoeira, entre outros. O projeto Sol Maior, por exemplo, que acontece no Hotel Globo, reuniu, ao todo, 28 músicos em suas apresentações instrumentais nas tardes de sexta-feira. A iniciativa tem como marca a execução da música ‘O Trenzinho do Caipira’, do compositor Heitor Villa Lôbos.

Do projeto Rota das Letras, participaram seis atrações. Já no projeto Circulador Cultural, na Casa da Pólvora, estiveram 16. Durante as edições, foram lançadas 10 obras literárias, entre cordéis, livros, revistas e cartilhas. Em 2022, a Divisão de Literatura da Funjope realizou 26 eventos.

Outro projeto que sempre atrai um bom público é o Sabadinho Bom, realizado na Praça Rio Branco, que teve 22 edições em 2022. O Pavilhão do Samba teve três.

Para o projeto Férias no Parque, a Funjope contratou três artistas. Na Semana da Criança, foram sete profissionais em eventos realizados no Parque Solon de Lucena, bairro João Paulo II e Centro Cultural de Mangabeira.

Foram contratados ainda mais de 100 artistas para eventos de outras secretarias municipais e da Funjope, a exemplo da Festa de Nossa Senhora das Neves, Marcha para Jesus, Parada da Diversidade de João Pessoa, entre outros.

No Audiovisual, em 2022, foram realizadas diversas ações. Entre as mais importantes, está à implantação da Agência de Cinema e Audiovisual de João Pessoa e da João Pessoa Film Commission, além da realização do I Festival Internacional de Cinema de João Pessoa (FestincineJP).

Falando em cinema, no mês de setembro, a experiência que a Funjope realiza no audiovisual na Capital paraibana foi apresentada na Expocine, em São Paulo. O diretor executivo da Fundação, Marcus Alves, fez duas intervenções, apresentando a João Pessoa FilmComission como instituição capaz de atrair empresas produtoras de cinema para realizarem suas produções na cidade.

Artes cênicas – O espetáculo ‘Canto ao Menino Deus’, encenado na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, nos dias 23 e 25 de dezembro, emocionou o público pela história, mas também pelo talento dos atores e atrizes envolvidos. A mesma recepção ocorreu durante a encenação do espetáculo ‘Drama da Vida e Paixão de Jesus Cristo’, na Páscoa, durante quatro noites no Adro da Igreja de São Francisco.

Música – Na música, além de eventos como o Sabadinho Bom e o projeto Sol Maior, a Funjope realiza o Circulador Cultural, na Casa da Pólvora. As ações movimentaram esses equipamentos e atraíram turistas e moradores da cidade para visitar os pontos históricos e prestigiar os talentos da música paraibana.

Artes visuais – Ao longo do ano, várias exposições atraíram o público. Até 20 de janeiro, está aberta à visitação a exposição ‘Mirabeau e seu tempo’, na Galeria Casarão 34. No Hotel Globo, a exposição ‘Multiplicidade Poética’ reúne obras dos artistas visuais Denise Costa, Davi Queiroz e Wilson Figueiredo, que podem ser vistas até 30 de janeiro. Na Casa da Pólvora, a exposição Presépio de Natal se estende até 8 de janeiro.

Durante o ano, foram realizadas outras exposições. Em ‘Cinema Paraibano’, no Hotel Globo, foram mostrados, pela primeira vez, desenhos da storyboard do filme A Canga e pinturas do artista plástico W. J. Solha, cedidos pelo cineasta Marcus Vilar. A mostra incluiu fotografias dos diretores André Morais, Bertrand Lira e Marcus Vilar. Algumas imagens foram produzidas durante filmagens com o escritor Ariano Suassuna.

Oficinas – A Funjope não apenas realiza mostras, mas também ensina o ofício. Desde o início do ano, foram várias oficinas como a de pipas, com o professor Josinaldo Barbosa, e ‘Oficina de Música – Inicialização’, com a professora Alline Fernandes, ambas na Casa da Pólvora.

Teve também, no Hotel Globo, a Oficina de Fotografia e Literatura ‘Escritas e gestos fotográficos’, ministrada pela artista visual Lydiane Vasconcelos – Li Vasc. Por lá, aconteceu ainda a oficina ‘Introdução à Aquarela’, com o professor e artista visual Jonathan Guedes; sem contar com a Oficina de Macramê, que teve à frente a artesã Géssica Cândido.

Apoio – A Prefeitura investiu em alguns eventos, entre eles, o Carnaval. Não houve festa este ano por conta da pandemia da Covid-19, mas a Fundação apoiou os carnavalescos e investiu R$ 150 mil, em recursos próprios, no Carnaval Tradição, recurso destinado às escolas de samba, ala ursas, tribos indígenas e clubes de frevo.

Inclusão pela arte – A Tardezinha Inclusiva, que acontece no Centro Cultural de Mangabeira, dentro do projeto Somos Capazes, mantém edições mensais. As ações são voltadas para crianças com alguma deficiência física ou intelectual. Elas contam com uma tarde inteira de diversão, música, teatro, brincadeiras, brindes, além do acompanhamento de profissionais como nutricionistas, psicólogas e psicopedagogas.

Cursos – O Centro Cultural de Mangabeira oferta diversos cursos como percussão, DJ, técnica vocal, acordeon, violão, cavaquinho, canto coral, arte integrada, pintura sobre tela, informática, mágica, teclado, flauta doce, Fit Dance, trompete, marketing pessoal e motivação profissional. O local também é espaço para as atividades do projeto Ação Social pela Música.

Audiovisual – No audiovisual, foi criada, este ano, a JP FilmComission, dedicada às ações de audiovisual na Capital e que será comandada pela Funjope. Foi firmada parceria com a Embaixada da França no Brasil. A partir da cooperação entre os dois países, o processo de internacionalização do cinema e do audiovisual de João Pessoa avança, criando oportunidades para os profissionais do setor.

Também em parceria com a Embaixada da França, a Funjope realizou o workshop ‘Audiovisual – da ideia à comercialização’, ministrado pela produtora Clémentine Mourão-Ferreira, chefe do Departamento de Cinema da Embaixada da França no México.

Literatura – No Hotel Globo, a Funjope promoveu um sarau poético com escritoras de três estados – Paraíba, Rio Grande do Norte e Minas Gerais, valorizando a cultura de diversos territórios. A literatura também esteve presente no evento Rota das Letras, no Pavilhão do Chá, com contação de histórias, lançamentos de livros, debates literários e música.

Festejos juninos – Entre os meses de maio e junho, a Funjope realizou o projeto Pré-Junino, trabalho integrado com a Liga das Quadrilhas Juninas de João Pessoa. As apresentações aconteceram em diversos bairros e foi uma espécie de preparação das quadrilhas para o período junino.

Em junho, após um intervalo de dois anos em razão da pandemia, aconteceu o Festival de Quadrilhas Juninas no estacionamento do estádio Almeidão, no bairro do Cristo. Em seguida, o São João Multicultural de João Pessoa teve uma série de atrações no Parque Solon de Lucena, contando com artistas como Elba Ramalho, Nando Cordel e Bell Marques.

Festa das Neves – A Festa das Neves, que acontecia nas imediações da Catedral Basílica, voltou a ser realizada no Parque Solon de Lucena com parques, barraquinhas e a tradicional Monga, além dos shows de artistas locais, dos religiosos Padre Fábio de Melo e Padre Nilson Nunes, e da cantora Juliette. No adro da Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, foi encenado o espetáculo ‘O Milagre das Neves’.

Parceria – Numa parceria inédita com o sistema prisional, a Funjope iniciou um projeto de cursos de artes plásticas para os detentos que estão na Penitenciária de Psiquiatria Forense. Esta é uma forma de promover a ressocialização por meio das artes, agregando valor artístico às criações dos internos. A ação é um desdobramento do projeto ‘Somos Capazes’. Dentro da luta antimanicomial, a Funjope e o Coletivo Mancha realizaram a exposição ‘Aurora – Luzes para Aprender’, com obras de usuários dos CAPs.        

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