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Funjope abre diálogo com grupos de mestres da cultura popular

15/02/2021 | 19:00 | 3028

A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) está estreitando o diálogo com os grupos de cultura popular. Nesta segunda-feira (15), ocorreu uma reunião com representantes do Fórum Estadual das Culturas Populares Tradicionais da Paraíba, que apresentaram propostas e falaram sobre as dificuldades enfrentadas. O encontro faz parte da estratégia de formação da política de cultura para a cidade de João Pessoa.

“Estamos muito focados na conversa com todos os fóruns de cultura, todos os grupos de cultura da cidade, de artistas, de produtores no sentido de, pela primeira vez, em João Pessoa, criarmos de forma séria e responsável uma política de cultura”, destacou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves. A reunião contou com a participação do diretor de Culturas Populares da Funjope, Mô Lima.

O Fórum de Culturas Populares reclamou que, nos últimos quatro anos, sequer conseguiu fazer apresentações na Capital. “Isso não vai acontecer mais. A gente vai criar uma agenda permanente, contínua e sistemática que incorpore nas nossas atividades as culturas populares em todas as variáveis possíveis”, acrescentou Marcos.

A intenção da Funjope é criar mecanismo que aproxime as culturas populares do ambiente escolar. “Fizemos, inclusive, um estudo inicial com eles, de saber o que é viável para levarmos para as escolas as experiências dos mestres dos grupos de cultura popular para que eles não percam a relação com a juventude e as crianças. É fundamental criarmos uma interface das culturas populares com as nossas escolas do município, mas também as privadas que queiram trabalhar com a gente”.

A pauta apresentada foi extensa, mas de acordo com Marcus Alves, é muito factível de fazer. “E nós vamos fazer”, prometeu.

Líder do grupo Cavalo Marinho Infantil Sementes do Mestre João do Boi e à frente do grupo Ciranda do Sol, do Mestre Manoel Baixinho, Jocilene Cunha da Silva, mais conhecida como Tina, afirmou que todos os grupos de cultura popular têm sofrido pela falta de apoio.

“Trouxemos algumas propostas e estamos na esperança, acreditando demais nessa nova gestão. Estamos buscando o que é nosso e que haja sensibilidade para manter viva a cultura popular. Estou confiante. O diálogo já começou e isso é muito positivo”, afirmou.

Os grupos envolvem os bacamarteiros, ala ursas, tribos indígenas, bois de carnaval, orquestras de frevo, papangus, além de bandas cabaçais como os cavalos marinhos bois de reis, lapinhas, pastoris, fandangos. Além destes, estão o coco de embolada, torés e forró tradicional.

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