Prevenção

Secretaria de Saúde da Capital realiza ‘Dia D’ contra o sarampo

30/11/2019 | 11:49 | 1447

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou neste sábado (30) o ‘Dia D’, da segunda fase da Campanha de Vacinação contra o Sarampo. Durante toda a manhã cerca de 1.000 profissionais estiveram mobilizados em mais de 100 postos de vacinação para imunizar a população de seis meses a 49 anos.

“A vacina é a única forma de prevenção ao sarampo e é a partir dela que podemos proteger as pessoas contra a doença e criar um bloqueio sanitário na nossa cidade”, explica o chefe da seção de imunização, Fernando Virgolino

A vacina tríplice viral além da catapora também protege contra caxumba e rubéola e deve ser tomada por crianças a partir dos seis meses para a dose zero e depois seguir o esquema vacinal determinado pelo Ministério da Saúde; jovens de 20 a 29 anos e adultos de 30 a 39 anos que não comprovem a imunização com o cartão de vacina.

“Menores de 30 anos devem comprovar duas doses da vacina com componente do sarampo e, na faixa etária de 30 a 49 anos, a comprovação de uma dose. Se o usuário for profissional de saúde, independente da idade, deve ter duas doses da vacina”, ressaltou Fernando Virgolino.

Quem aproveitou o Dia D para atualizar o cartão de vacina foi Flávia Kelly, de 35 anos. Ela ficou sabendo da campanha por meio do twitter da Prefeitura de João Pessoa. “Me mudei para João Pessoa e acabei perdendo o cartão de vacinação, como não tinha a certeza da vacina preferi tomar logo, já que é a orientação, além de ser um cuidado com a saúde e é sempre melhor prevenir”, conta.

Para essa campanha, o Ministério da Saúde preconizou meta de imunização de 95% apenas para a faixa etária de crianças com idade de um ano. Em João Pessoa, essa meta foi superada e 96,86% desse público já foi vacinado. Já na faixa etária de 20 a 29 anos foram administradas 8.242 doses. Ao todo foram administradas até o momento 47.982 doses da vacina tríplice viral.

Durante a semana a vacina é ofertada normalmente nas salas de vacina distribuídas pela cidade. Basta a população comparecer à unidade de saúde portando o Cartão de Vacina e documento de identidade.

“Embora a campanha termine hoje, a vacina faz parte do nosso calendário vacinal e da rotina de imunização então durante a semana estamos ofertando a vacina normalmente em todas as unidades de saúde da família e é importante que todos que estão inseridos no público-alvo busquem a USF de referência para que sejam imunizados contra o sarampo”, conclui o chefe da seção de imunização.

Dados – Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), 2019, foram notificados 53.761 casos suspeitos de sarampo, destes, foram confirmados 11.896 (22,1%) casos, sendo 9.300 (79,0%) por critério laboratorial e 2.596 (21,0%) por critério clínico epidemiológico. Foram descartados 22.089 (41,1%) casos e permanecem em investigação 19.776 (36,8%).

Em João Pessoa houve casos de sarampo nos anos de 2010, 2013 e 2019. Em 2010 foram 50 casos confirmados e 2013, seis casos da doença. Já em 2019 foram notificados 97 casos suspeitos, com 18 confirmados, 55 descartados com amostras positivas no Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba e Laboratório de referência nacional – FIOCRUZ.

Esquema Vacinal – Crianças de seis meses a 11 meses devem tomar a chamada ‘dose zero’. Com 12 meses a criança irá tomar a tríplice viral e com 15 meses a tetra viral. Crianças menores de 5 anos (4 anos 11 meses e 29 dias), terão o cartão de vacinas atualizado e será ofertado a vacina conforme situação vacinal encontrada. Caso a pessoa comprove as duas doses, não é necessário tomar nenhuma a mais, já sendo considerada imunizada.

Sarampo – Os sintomas iniciais de sarampo são febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal e mal-estar intenso. Após estes sintomas, há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias. São comuns lesões muito dolorosas na boca.

A doença pode ser grave, com acometimento do sistema nervoso central e pode complicar com infecções secundárias como pneumonia, podendo levar à morte. As complicações atingem mais gravemente os desnutridos, os recém-nascidos, as gestantes e as pessoas portadoras de imunodeficiências.

 

 

 

 

 

 

 

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