Família Acolhedora

Representantes do Conselho Nacional do Ministério Público visitam serviços de acolhimento do Município

21/06/2023 | 07:30 | 533

João Pessoa sedia, nesta quarta-feira (21), o Encontro Regional da Comissão da Infância, Juventude e Educação do Conselho Nacional do Ministério Público, região Nordeste. E como parte da agenda de atividades previstas na Capital, dois serviços de acolhimento foram escolhidos para receber a visita do conselheiro Nacional do Ministério Público e presidente da Comissão da Infância, Juventude e Educação (CIJE), Rogério Varela, e da promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo e membro auxiliar da CIJE, Mirella Monteiro.

A visita, que teve início no Lar da Criança Jesus de Nazaré, localizado no bairro dos Ipês, e seguiu para a sede do Programa Família Acolhedora, no Miramar; contou com a presença do secretário de Direitos Humanos e Cidadania, João Corujinha; com a diretora da Assistência Social da Sedhuc, Benicleide Silvestre; a  coordenadora da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Edilene Brandão; além das promotoras Soraya Nóbrega, promotora de Justiça da Criança e do Adolescente de João Pessoa; e Fábia Cristina Dantas, promotora de Justiça Coordenadora da Infância e da Juventude e Educação do Ministério Público da Paraíba.

“É a primeira vez que eu, enquanto conselheiro, e até no próprio histórico do Conselho, que um conselheiro da CIJE vem, in loco, para visitar locais de cuidado com toda a rede de crianças e adolescentes. Eu fiquei muito bem impressionado com tudo que vi hoje na cidade de João Pessoa. Vi hoje pessoas dedicadas à causa da criança e ao completo mandamento constitucional da proteção integral da criança. Um serviço humanizado, acolhedor, um serviço de muita solidariedade e de muito amor”, comentou Rogério Varela sobre os serviços que visitou.

A promotora Soraya Nóbrega, também integrante da Comissão da Violência do Conselho Nacional do Ministério Público, destacou o trabalho realizado em rede, dialogando com outros representantes da política da assistência social do Município. “O Ministério Público tem esse trabalho de contribuir para as melhorias dos serviços, apontando realmente as coisas que precisam ser feitas e hoje a gente fica muito feliz. É um marco aqui na nossa Capital pela presença do Conselheiro. E pelo momento que vivenciamos, de acompanhar este trabalho, que existe muito amor, e isso foi percebido. Nosso trabalho acontece em rede, dialogando com o secretário, com a diretora de Assistência, e vamos aperfeiçoando o serviço”, destacou.

As visitas promoveram momentos de troca de experiências com os profissionais da rede de proteção social especial de alta complexidade, e também de aproximação com algumas famílias que fazem parte do Programa da Família Acolhedora, que compartilharam suas experiências. O secretário João Corujinha, reforçou o compromisso da gestão em priorizar o acolhimento familiar, que se assemelham a um lar, conforme a tipificação nacional dos serviços socioassistenciais. “Temos uma meta no Plano Municipal de Assistência Social de ter 40 famílias cadastradas e aptas para acolher crianças e adolescentes no município de João Pessoa. Atualmente temos 19 famílias aptas. Mas nossa meta maior é que essas crianças e adolescentes permaneçam com suas famílias, sem a violação dos seus direitos”, afirmou.

Serviços de acolhimento – O Programa Família Acolhedora tem como objetivo diminuir o acolhimento institucional de crianças e adolescentes do Município de João Pessoa, proporcionando maior qualidade de vida às vítimas de algum tipo de violência no âmbito familiar, inseridos em medidas protetivas.

De acordo com a coordenadora da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Edilene Brandão, João Pessoa é referência estadual no serviço da Família Acolhedora, em quantidade e qualidade do acolhimento. “Temos mais de 20% de crianças e adolescentes em acolhimento familiar. Nacionalmente, temos uma meta no plano de coalizão de chegar a esses 20% de crianças e adolescentes acolhidos, daqui a três anos, mas nós já chegamos. Somos referência também enquanto equipe especializada, porque todas as equipes de acolhimento são compostas não só por psicólogos e assistentes sociais, mas também por pedagogos”, contou.

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