Preservação da fauna
Parque Arruda Câmara tem espaço especial para acolhimento de aves e abriga espécies nativas e exóticas
05/12/2021 | 09:00 | 1794
Carcarás, gaviões, águias, papagaios, araras, corujas e jandaias, dentre outras aves – atualmente são 113, algumas nascidas no próprio local – podem ser vistas no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, popularmente conhecido como Bica, que conta com cerca de 400 animais de espécies nativas e exóticas.
Segundo a bióloga Helze Lins, o Parque tem aves de diversas famílias e espécies. A bateria de aves de rapina conta com duas espécies de coruja (Murucututu e Orelhuda), seis espécies de gavião (Carijó, Asa de telha, Caboclo, Caranguejeiro e Curucuturi), Carcará e um casal de águias chilenas, as mais antigas do local.
“Temos ainda o recinto das aves, que por ser comunitário, várias famílias convivem tranquilamente. Esse espaço foi feito para que os visitantes passem por dentro e vejam mais de perto. Mas no momento está fechado, pois as aves ficam agressivas na época de reprodução, e precisamos garantir a segurança delas e das pessoas”, afirma a bióloga.
Nesse espaço convivem papagaios (verdadeiro e do mangue), jacucacas, maracanãs, jandaias, um tucano, araras de espécies diferentes, sabiás, galos de campina, chupin, entre outros pássaros. Algumas dessas aves ainda estão em vulnerabilidade, ou seja, correm risco de extinção, como a Arara azul – a maior espécie que existe – e a Jacucaca, que se reproduz bem em cativeiro.
Curiosidades – A bióloga relata algumas situações curiosas da convivência das aves no recinto. “A arara é um animal monogâmico, tem apenas um parceiro para toda vida. Aqui nós temos um casal de espécies diferentes, uma arara Canindé e uma vermelha, que se uniram e passam o tempo juntas e se protegem”, conta.
Além das aves do recinto e das aves de rapina, o Parque Arruda Câmara abriga também aves aquáticas como o pato real, ganso africano e marrecas (Toucinho, Irerê e Asa de seda), da família dos anatídeos. Essas aves ficam em espaço aberto, no lago junto à fonte.
Alimentação – Os gaviões e outras aves de rapina, que são carnívoros, comem carne e frango apenas pela manhã. Já as aves do outro recinto comem duas vezes ao dia, ração pela manhã e frutas à tarde, enquanto os patos, marrecas e gansos comem ração de crescimento e xerém pela manhã e frutas no período da tarde.
Doações – O Parque só fica com animais que não conseguem mais viver livremente na natureza. Geralmente são apreendidos pela Polícia Ambiental e pelo Ibama. “Nós não recebemos nenhum animal de terceiros. Então, quem quiser doar uma ave ou qualquer outro animal deve entregar ao Ibama, órgão responsável pela destinação”, esclarece Helze Lins.
Visitas – O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Av. Gouvêia Nóbrega, s/n – Baixo Roger) funciona de terça-feira a domingo, das 8h às 12h – a entrada é até as 11h – e das 13h às 17h, com entrada até às 16h. O valor do ingresso é R$ 2. Idosos acima de 65 anos e crianças até sete anos não pagam. O telefone para contato é 3218-9710.
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Texto: Juneldo Moraes
Edição: Katiana Ramos
Fotografia: Dayse Euzébio -
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