Inclusão social

Parque Arruda Câmara recebe alunos do Instituto dos Cegos para experiência sensorial

03/12/2021 | 18:30 | 1086

O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) recebeu, na manhã desta sexta-feira (3), para uma visita pedagógica, 20 alunos do Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha, entre jovens e adultos, deficientes visuais, vinculados à Escola Municipal Rodrigo Otávio. Durante a visita, os alunos puderam conhecer, de maneira sensorial, os espaços e animais da Bica.

O evento iniciou com uma caminhada com os pés descalços, na parte de terra da Trilha das Águas, para sentir a textura e densidade do solo, e o retorno feito por dentro do riacho, para sentir a temperatura da água e a diferença da terra que existe no fundo do rio, que, em alguns lugares, é mais arenosa e noutros mais fina, como também utilizar a audição para escutar os sons das aves e barulho do vento nas folhas do ambiente, explorando a audição e o tato, que são os principais sentidos utilizados por eles.

Num segundo momento, os alunos foram para o Espaço Jequitibá para terem contato com animais taxidermizados, entre mamíferos, répteis e aves, para sentirem as diferentes formas de animais como macaco, serpente, lagarta e coruja e ouvir o som dos animais, que foi disponibilizado para eles em caixa de som enquanto eles tocavam nas peças. Para finalizar a visita, os alunos tiveram também contato com animais vivos, no caso, répteis, como jabuti, um filhote de jacaré e uma serpente Piton Albina, o que fez alguns se admirarem com a textura e temperatura da pele de cada um.

O gestor escolar do Instituto dos Cegos da Paraíba, Marco Lima, explica que a visita ao Parque Arruda Câmara faz parte do projeto ‘Conheça a Paraíba pelo tato’, de integração cultural, realizado todos os anos e que consiste em os alunos terem experiência, não só dentro, mas também fora da instituição, nos pontos turísticos mais relevantes da cidade.

“Todos estão juntos para vivenciar uma experiência de aula de campo, tanto da parte ambiental, como cultural-histórica, então, é uma experiência que a gente preza muito em realizar e nós estamos muito encantados com a nova proposta aqui do Parque Arruda Câmara, porque os nossos alunos vivenciaram a Bica em todos os sentidos, conhecendo ela pelo tato, que é o sentido remanescente deles. Realmente a gente vai levar as melhores impressões daqui. Nós gostaríamos de ressaltar a grandeza desse projeto, que contempla a acessibilidade e inclusão social”, destacou Marco Lima.

O diretor do Parque Arruda Câmara, Rodrigo Fagundes, lembra que o espaço não é apenas um local de lazer, mas também de estudo, pesquisa e de conservação de espécies e do meio ambiente e que está aberto aos grupos que desejem ter uma experiência próxima à natureza. “Nós agradecemos àqueles que buscam pelo nosso espaço para terem um momento de lazer ou de estudo, aqui nós podemos também oferecer esse recurso tátil, com os animais taxidermizados e as trilhas, como um recurso a mais para curtir a natureza e promover a acessibilidade”, destacou.

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