Caso Salomão

Paciente retoma tratamento no Hospital Laureano e lamenta uso político de sua imagem

28/12/2021 | 13:00 | 1506

O paciente Salomão do Nascimento Régis, de 32 anos, retomou o tratamento contra o câncer no Hospital Napoleão Laureano na manhã desta terça-feira (28), em João Pessoa. Ele se tornou conhecido nos últimos dias após ser erroneamente informado de que seu acompanhamento seria interrompido por falta de repasse de recursos pelo Município. Em conversa com o vice-prefeito Leo Bezerra e a direção da Fundação Napoleão Laureano, Salomão lamentou o uso político da sua imagem e da sua doença.

“Como cidadão, me senti na obrigação de levar o caso à tona pelo desespero, mas me surpreendeu muito a rapidez com que tudo foi resolvido. Agradeço muito a todos que nos ajudaram e agora vou para minha última quimioterapia, para fazer o transplante e ficar curado. Agradeço muito a todos que colaboraram”, declarou o paciente que sofre com uma Leucemia Mieloide Aguda.

O prefeito Cícero Lucena destacou que a Prefeitura, assim que soube do ocorrido, procurou imediatamente entender o que tinha acontecido. “Houve um erro de comunicação, não por parte da Prefeitura, e mesmo aqueles que quiseram se aproveitar politicamente do sofrimento dos outros, estão vendo que a gestão agiu com responsabilidade. Nossa disposição é de cuidar das pessoas mesmo que haja alguns políticos que não queiram que isso aconteça. Está tudo esclarecido e vai ser continuado o tratamento de Salomão e de todos aqueles que tiverem a regulação do seu tratamento”, declarou.

O vice-prefeito Leo Bezerra visitou o Hospital Laureano nesta manhã e se reuniu com a direção da Fundação, com a Controladoria Geral da União e com o próprio paciente. “A Prefeitura está tranqüila, pois tem certeza que todos os recursos foram encaminhados ao Hospital no tempo certo. Procuramos Salomão desde o primeiro momento para identificar o problema e nos prontificamos a resolver tudo”, afirmou.

Em nota conjunta publicada nesta terça-feira (28), a Prefeitura e o Hospital Laureano explicaram que jamais existiu por parte da Prefeitura da Capital, bem como da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), qualquer medida que pudesse impedir ou mesmo adiar o tratamento indicado para o paciente (quimioterapia). “Tampouco há entre os entes supracitados débitos relacionados a procedimentos que pudessem justificar a interrupção de serviços. O que aconteceu lamentavelmente foi uma falha de comunicação que levou o usuário a crer que seu tratamento poderia ser suspenso”, diz o texto. A nota ainda indica a necessidade de inclusão do paciente no Sistema de Regulação, o que já foi feito.

O presidente da Fundação Napoleão Laureano, Marcelo Pinheiro, destacou o encontro prévio com o prefeito Cícero Lucena. “As questões administrativas foram sanadas, inclusive com a pactuação de mais serviços, tornando a parceria mais abrangente e beneficiando ainda mais usuários. A situação foi selecionada e o Hospital agradece à Prefeitura pelo empenho na resolução”, afirmou.

O superintendente da CGU na Paraíba, Severino Queiroz, afirmou que o encontro serviu para resolver questões referentes à contratualização que vão beneficiar toda a população paraibana. “É um passo muito importante para que o paciente seja atendido e tenha seu tratamento de forma continuada para que seja curado”, declarou.

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