Projeto Lean
Ortotrauma de Mangabeira tem melhora nos indicadores de atendimento e diminuição de lotação
15/12/2020 | 16:09 | 1582
Com melhora dos indicadores de atendimento ao paciente nos setores de urgência e emergência, o Complexo Hospitalar de Mangabeira Governador Tarcísio Burity (Ortotrauma) concluiu mais uma etapa do projeto Lean nas Emergências, do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. O evento que marcou mais essa fase da parceria aconteceu nesta terça-feira (15), no Ortotrauma, com a apresentação do Plano de Capacidade Plena (PCP), responsável pela redução de 27% da superlotação na unidade.
O PCP é uma das ferramentas elaboradas pelo Ortotrauma – entre outras ações criadas durante os quatro meses de participação no Lean nas Emergências, que ajudaram a melhorar a qualidade dos atendimentos, com eficiência e agilidade nos processos na unidade hospitalar da Capital. O tempo em que um paciente espera para realizar consulta, passar por um exame, até receber alta, por exemplo, foi reduzido em 88%. Já o tempo de espera para a passagem do pronto socorro para uma internação foi diminuído em 59%.
Esses indicadores foram melhorados a partir do uso de ferramentas da metodologia Lean, que aplica técnicas de redução de desperdício de recursos e melhoria da qualidade e a maximização do valor entregue ao paciente. O PCP, por exemplo, funciona de forma integrada entre os setores e indica o que cada um deles deve fazer e como fazer a partir de eventuais níveis de superlotação – classificados do 1 até o 3. Uma vez acionado o PCP, o hospital atua para evitar superlotação.
“Esse projeto deu certo graças às orientações dos técnicos do Lean nas Emergências e também pelo empenho e dedicação de todos os profissionais do Hospital. É uma ferramenta muito importante que, além de orientar e avaliar processos de trabalho, faz mudar conceitos profissionais – e esse é um grande desafio, conquistado num momento de pandemia e outros problemas que o sistema de saúde enfrenta no Brasil”, disse a diretora-geral do Ortotrauma, Ana Giovana Medeiros. “Quem ganha é o paciente, que tem uma assistência humanizada e célere”, completa.
Já o médico do Hospital Sírio Libanês, Ricardo Camelo, que atua no projeto Lean nas Emergências como consultor de processos, disse que o Ortotrauma melhorou como um todo e que os profissionais da unidade estão prontos para manter e até melhorar os indicadores de atendimento e redução de superlotação, com o uso das ferramentas criadas durante a consultoria.
“O Ortotrauma é, hoje, um hospital totalmente diferente de quando a gente chegou, e com chance de melhora muito grande, porque a gente está saindo, mas as pessoas continuam e estão preparadas e comprometidas”, disse Ricardo Camelo, explicando que, mesmo à distância, os profissionais continuarão dando apoio à equipe do Ortotrauma.
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Texto: Max Oliveira
Edição: Thadeu Rodrigues
Fotografia: Lima Junior -
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