Atividade física e dieta equilibrada, somada a realização de exames periódicos são boas escolhas para a população cuidar de sua saúde física e mental. Para as mulheres, por exemplo, pode fazer toda a diferença na prevenção do câncer do colo do útero. Em 2021, aproximadamente 20 mil mulheres realizaram o exame citológico na rede de saúde da Prefeitura de João Pessoa.

Em decorrência das campanhas em prol da saúde da mulher (Março Lilás e o Dia Internacional da Mulher), neste mês de março, as mulheres tiveram a oportunidade de realizar uma série de exames em toda a rede de atendimento municipal. A campanha Março Lilás tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e combate ao câncer de colo uterino, que é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país.

Esse tipo de câncer é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A conscientização e prevenção são importantes porque, de acordo com especialistas, na maioria das vezes pode ser evitado. A recomendação é que as mulheres realizem o exame Papanicolau periodicamente, após o início da vida sexual. “O exame é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces, que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer”, reforça Rosselle Leite Gadelha, coordenadora da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

“É importante ressaltar que a Prefeitura de João Pessoa realiza ações o ano inteiro em todas as unidades de saúde da família, intensificando nos meses de março e outubro, durante as campanhas Março Lilás e Outubro Rosa. Além disso, temos o Hospital Santa Isabel que é referência para esses exames”, disse. Na rede municipal de saúde, as mulheres podem fazer também o planejamento reprodutivo, pré-natal e consultas médicas em diversas áreas.

De acordo com dados da Coordenação da Saúde da Mulher, no ano de 2021, quase 20 mil mulheres se submeteram ao exame citológico em João Pessoa. Mais de 700 exames foram encaminhados para a biopsia, desses 20 positivaram para a existência de câncer no colo do útero e foram encaminhadas para tratamento.

Vacina HPV – A prevenção contra a doença começa bem cedo, ainda na infância.De acordo com Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, é importante os pais ficarem atentos. A vacina contra o HPV (disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos) é disponibilizada nas unidades de saúde da família, policlínicas municipais e no Centro Municipal de Imunizações, no bairro da Torre.

Pessoas com HIV/AIDS em tratamento oncológico, transplantadas de órgãos sólidos ou medula óssea também podem se vacinar, na faixa etária de 9 a 45 anos (mulheres) e 9 a 26 anos (homens). O município dispõe dessa vacina também no SAE/CTA para o público de imunossuprimidos com HIV.

Outra forma de prevenção está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação sexual.

Usuárias – Uma dona de casa de 54 anos aceitou dar seu depoimento, mas não quis se identificar. Ela descobriu recentemente a doença e se sente envergonhada pelo seu descuido com a sua saúde. “Não tinha o hábito de fazer exames e fui fazer ano passado por insistência de uma amiga. Quando recebi o resultado fiquei com muito medo, minha pressão baixou. Mas a médica me tranquilizou dizendo que o câncer está no estágio I. Daí foi iniciado o tratamento de imediato”, relatou.

Já a dona de casa Francisca de Sousa, de 44 anos, realiza os exames periódicos todos os anos ‘religiosamente’. “Tenho muito cuidado com esses exames porque na minha família minha mãe teve câncer de mama e acabou falecendo, há dois anos. Graças a Deus os meus exames nunca registraram alterações”, revelou.