Na Praça da Independência

Lapinha infantil da Praia da Penha é atração desta sexta-feira do Natal dos Sentimentos

17/12/2021 | 08:00 | 1074

A Lapinha Infantil Nossa Senhora da Penha, formada por crianças do bairro da Penha, se apresenta, nesta sexta-feira (17), às 19h, no Polo da Esperança, na Praça da Independência. O grupo é fruto de um projeto de incentivo à valorização da lapinha promovido pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) e Fundação Cultural (Funjope). A apresentação faz parte da programação do Natal dos Sentimentos.

Em busca de estimular e fortalecer novas culturas populares, esse trabalho começou através de oficinas realizadas em outubro na Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto, no bairro da Penha. O projeto envolve 20 alunos com idades entre 8 e 14 anos das comunidades Aratu, Jacarapé, Patrícia Tomaz, Iraque, Seixas e Vila dos Pescadores.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirmou que a Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação Cultural, tem buscado promover a restauração e revitalização das culturas populares, principalmente as que estavam esquecidas, como o caso da lapinha. A apresentação desta sexta-feira marca o resgate dessa antiga tradição.

“Esse ano, nós resolvemos promover oficinas de lapinhas e deu muito certo. Uma experiência muito bonita com as crianças da escola e agora elas vão começar a se apresentar. Primeiramente, no Natal dos Sentimentos. Depois, vamos promover apresentações dessa nova lapinha em outros momentos e festividades da Prefeitura de João Pessoa”, pontuou.

Para quem teve uma infância marcada pela lapinha e vivenciou todas as fases, desde o ápice da tradição até o esquecimento e desinteresse da cultura popular, o mestre Maciel, aos 77 anos, se emociona ao falar sobre o sonho de ver a lapinha continuar nas próximas gerações. Foi ele quem ministrou as oficinas na Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto e expressa gratidão pela oportunidade de contribuir com o projeto.

“Hoje não tem mais tocador de lapinha. Morreram mais dois da minha lapinha. Para mim, essa atitude veio mandada por Deus, porque tenho muita vontade de viver a lapinha e ver ela continuando. Antes de morrer, se Deus quiser, eu vou ver ainda umas três lapinhas em João Pessoa, nem que eu tenha que dar oficina de graça. A lapinha é a minha barca. Quando começo a falar em lapinha me empolgo e me emociono”, finalizou mestre Maciel.

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