Saúde do bebê
Instituto Cândida Vargas promove ação em alusão ao Dia da Prematuridade nesta quarta-feira
17/11/2020 | 09:50 | 1890
O dia 17 de novembro é conhecido como o Dia Mundial da Prematuridade, que serve de alerta para os perigos e prevenção de bebês prematuros. Em João Pessoa o Instituto Cândida Vargas (ICV) promove, na quarta-feira (18), uma ação que contará com orientações das equipes multiprofissionais para os pais que tiveram seus bebês prematuros no hospital. Além disso, o evento é um momento de descontração para os pais que aguardam o dia que os bebês irão sair da internação.
A prematuridade é um assunto sério e que preocupa profissionais da saúde. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade, que compreende o nascimento antes de 37 semanas de gestação, é a primeira causa de mortalidade infantil em todo o mundo. Segundo dados da Unicef e do Ministério da Saúde, 11,7% de todos os partos realizados no País são prematuros.
Em João Pessoa, o ICV registrou a entrada de 560 bebês na Unidade de Neonatologia, neste ano de 2020, até o mês de outubro. De acordo com a pediatra e coordenadora do serviço, Juliana Soares, os casos atendidos na unidade são variados. “Temos bebês em casos mais graves, como também aqueles que mesmo não sendo entubados e mamando, ainda não estão prontos para voltar para casa”, explicou.
Após os cuidados recebidos na Unidade de Neonatologia, os bebês que adquirem a partir de dois quilos, seguem para alojamento conjunto. Já aqueles que ficam com o peso abaixo de dois quilos, seguem para o Método Canguru, que é a segunda etapa do cuidado do bebê prematuro.
Método Canguru – De grande importância no tratamento do prematuro, o Método Canguru é uma Política Nacional de Saúde e Modelo de Atenção Perinatal, que estimula o desenvolvimento e ajuda na recuperação de bebês de baixo peso e prematuros. A técnica, reconhecida pelo Ministério da Saúde, foi implementada no ICV a alguns anos, transformando a maternidade em referência Estadual no Método Canguru. Em 2020, até o mês de outubros, 240 bebês passaram pela técnica, junto a suas mães.
O método tem ajudado mães e bebês de forma qualificada e humanizada durante a internação no hospital. Amanda Silva, de 28 anos, e sua filha nascida prematura, foi uma das beneficiadas pela técnica. “Eu fiquei muito preocupada quando ela nasceu e é muito ruim ver minha filha e não poder tocar, pegar no braço. Mas quando eu pude pegar e colocar no meu colo foi muito bom, fiquei emocionada e percebi como foi bom para ela também. Essa técnica ajudou nós duas”, disse Amanda.
O método permite contato entre a mãe e o bebê, o que considerado essencial no tratamento da criança. “O contato pele a pele com a mãe proporciona ao bebê cheiro e sons familiares que favorecem a recuperação e desenvolvimento”, esclareceu Euda Aranda, coordenadora da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), do ICV.
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Texto: Gabriela Neves
Edição: Andrea Alves
Fotografia: Ivomar Gomes -
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