A guarda Érika Ramalho, que é subinspetora da Guarda Civil Metropolitana de João Pessoa e responsável pelo gerenciamento operacional da Ronda Maria da Penha, está representando a Capital no I Encontro Nacional de Segurança Pública e Enfrentamento da Violência contra a Mulher, que acontece no Palácio da Justiça em Brasília-DF. O evento, que é organizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com Ministério das Mulheres, está no segundo dia debate das políticas públicas necessárias para o fortalecimento da prevenção e do combate de todas as formas de violência contra a mulher.

“A pessoa escolhida para representar nossa cidade no Distrito Federal é exatamente a guarda que lida diariamente com essas mulheres vítimas, que consegue com a empatia acolher esta mulher e ter a técnica necessária para lidar com o conflito. Temos a certeza que, no evento, Érika vai acrescentar e também trazer exemplos para adotarmos aqui” disse João Almeida, secretário de Segurança Urbana e Cidadania de João Pessoa.

O encontro debate dificuldades e práticas bem sucedidas no acolhimento às vítimas e conta com a participação de representantes de polícias civis e militares, bombeiros, perícias e Guardas Municipais de 17 municípios que foram convidados. Também conta com a atuação de representantes do Poder Judiciário e da ONG Mulheres Brasil.

“O primeiro lugar a quem a mulher recorre é a mãe, a família, a amiga e a irmã, e isso mostra que o serviço público não dá confiabilidade à mulher para que ela possa fazer a denúncia”, analisou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, durante o evento.

“Acreditamos que precisamos sempre estar à altura das respostas diante da dimensão do desafio”, completou o ministro Flávio Dino.

Para a servidora da Prefeitura de João Pessoa, Érika Ramalho, o encontro nacional proporciona um crescimento profissional e pessoal.

“É uma experiência única, estar esses dias entre tantas mulheres que, diariamente aplicam esforços para o combate à violência doméstica. Amplia o olhar e o pensamento, para que seja possível levar à instituição cada vez mais inovações na atuação do combate à violência contra a mulher, mais especificamente no programa no qual estou tendo a oportunidade de gerenciar operacionalmente, que é A Ronda Maria da Penha de João Pessoa”, concluiu Érika Ramalho,

Programa Ronda Maria da Penha – A Ronda Maria da Penha atua em concordância com a Lei Municipal 13.772/2016, de forma integrada com o Tribunal de Justiça, Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres e Guarda Civil, com o objetivo de fiscalizar o cumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPU). O público-alvo do programa são mulheres com MPU deferidas, maiores de 18 anos, que aceitem participar do programa.

A atuação da Guarda Civil se dá através das rotas de monitoramento e mapeamento da área em torno das localidades de risco descritas pela vítima, como também prisões em flagrantes, caso o acusado descumpra a medida protetiva de urgência.