Cultura popular
Funjope realiza exposição e apresentações de cordelistas durante o mês de maio em Tambaú
03/05/2024 | 11:30 | 215
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) realiza, a partir desta sexta-feira (3) e nas sextas-feiras e sábados do mês de maio, uma série de ações voltadas à literatura de cordel. As atividades, que envolvem exposição de cordéis, apresentações de cordelistas e trios de forró pé-de-serra, acontecem no Largo de Tambaú, a partir das 17h até as 20h.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, observa que este é o segundo ano consecutivo em que a Funjope realiza uma atividade forte com a literatura de cordel durante o ciclo junino e, com isso, está integrando culturas. Ele reforça que o projeto de São João de João Pessoa inclui culturas populares, literatura de cordel, trios pé-de-serra, bandas locais e nacionais, além de dois festivais de quadrilhas juninas.
“É muito importante para mim e para o prefeito Cícero Lucena estimularmos e investirmos nessas culturas. O cordel tem uma matriz muito forte na sociedade paraibana, tem uma força muito grande. Então, em todos os finais de semana do mês de maio, estaremos valorizando os nossos cordelistas de maneira que homens e mulheres dessa arte possam se expressar e mostrar a força da sua linguagem no Busto de Tamandaré, combinando isso com apresentações de trios pé-de-serra”.
Nas sextas-feiras, a programação inclui exposição de cordéis e apresentação de cordelistas. Já aos sábados, além dessas atividades, haverá apresentação de trios de forró pé-de-serra.
“O cordel é a nossa cultura mais forte e é, no Brasil inteiro, mas especialmente no Nordeste, muito explorado turisticamente. É uma das forças econômicas que tem a cara do Nordeste. Todos os outros estados sabem explorar isso, o cordel vendido, xilogravuras, em camisas, quadros, em hotéis. Isso é positivo porque mostra uma literatura linda que é nossa”, analisa o cordelista Merlanio Maia.
Ele ressalta que a literatura de cordel nasceu na Paraíba, entre Pombal e Teixeira, inventada por Leandro de Barros e Silvino Pirauá, e observa que a ideia da Academia é levar o cordel para ocupar as ruas, com o apoio da Funjope. “Esse apoio é muito importante. É através dessa parceria que ganhamos força, levando essa literatura linda, seja escrita ou declamada.
Merlanio Maia frisa também que o cordel influencia todas as artes e continua vivo. “Na Paraíba, temos mais de 350 poetas produzindo. Por isso, o cordel tem que ser valorizado. Essa postura da Funjope fazendo essa parceria conosco dá frutos maravilhosos, dá acesso aos moradores e turistas a essa cultura de raiz e nós somos muito gratos por isso”.
A cordelista Claudete Gomes, vice-presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, também comemora esse trabalho em conjunto. “Nos primórdios, o cordel era declamado nas feiras livres, nas praças públicas, de forma que chegasse próximo às pessoas. Com o passar dos tempos, pouco se vê essa tradição. Mas, desde o ano passado, a Prefeitura de João Pessoa, através da Funjope, vem apoiando as manifestações populares acerca do cordel”, diz.
Ela destaca que, na edição deste ano, a Feira de Cordel vem com mais apoio, num espaço com mais visibilidade, o Busto de Tamandaré. “E isso só demonstra, cada vez mais forte, o apoio de uma gestão comprometida com as manifestações de culturas populares tradicionais de nossa região”, acrescenta.
Confira a programação
03/05 – sexta Assis Freitas
Merlânio Maia
Thiago Alves
04/04 – sábado
Claudete Gomes Orlando Otávio
Robson Jampa
Trio Maria Sem Vergonha
10/05 – sexta
Chico Mulungu 2. Dalmo Oliveira
Mané Gostoso
11/05 – sábado
Arnaldo Mendes
Matheus (Bodão) Ferreira
Pádua Gorrión da Rabeca
Trio Fulô de Muçambê
17/05 – sexta
Felipe Emmanuel
Maria da Soledade
Porcina Furtado
18/05 – sábado
Annecy Venâncio
Emanuel Oliveira Raniery Abrantes
Cantor Ricardo Ribeiro
24/05 – sexta
Josenildo Maria (Jota Lima Cordelista)
Luís Felipe e Roberto Ferreira
Thiago Monteiro
25/5 – sábado
Eduardo Nask
Claudinha Teixeira
Marconi Araújo
Cantor Damião Moreno
31/05 – sexta
Dalva Estrela da Poesia
Manoel Belisario
Verônica Adelino
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Texto: Lucilene Meireles
Edição: Lilian Moraes
Fotografia: Daniel Silva -
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