Na Casa da Pólvora

Funjope promove segunda edição do Festival Barril de Cultura a partir deste sábado

10/09/2021 | 09:30 | 1289

A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) promove, a partir deste sábado (11), a segunda fase do Festival Barril de Cultura. O evento acontece às 16h no Centro Cultural Parque Casa da Pólvora, com apresentações de literatura, dança, artes visuais e exposição, cuja programação se estende até o dia 1º de outubro.

O Festival surgiu com a proposta de contemplar projetos de artistas aprovados em edital de 2019, mas que não tinham tido oportunidade de apresentá-los. De acordo com o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, foi um compromisso que a Prefeitura de João Pessoa assumiu em respeito aos artistas.

“É a realização do compromisso que a nossa equipe tem para destravar e concretizar um edital antigo, realizado ainda no ano de 2019, que havia sido esquecido. A Funjope, através da gestão de Cícero Lucena, tem o compromisso de valorizar e estimular nossos artistas”, comentou.

As apresentações desses trabalhos foram distribuídas entre os meses de agosto, setembro, outubro e novembro, totalizando 28 projetos, num conjunto de exposições e performances.

Para Ana Maia, coordenadora do Centro Cultural Parque Casa da Pólvora, o Festival marca o retorno do trabalho da classe artística pós-pandemia. “O Festival é um marco do retorno das atividades culturais no nosso Centro Histórico, juntamente com os demais eventos realizados pela Funjope nos espaços de vivência, como o Hotel Globo e o Pavilhão do Chá. São eventos que acontecem para renascer a cidade antiga num formato que preserva, acima de tudo, a saúde dos nossos artistas e do público”, afirmou.

Obras – A artista Anna Apolinário, integrante da Cia Quimera, explica que sua apresentação será uma poesia encenada, propondo uma fusão entre linguagem poética e cênica, potencializando a narrativa lírica em expressão corporal e performática. “Será uma experiência sensorial, sinestésica, através do movimento entre imagem e corpo, despertando a sensibilidade poética, o encanto que nos é negado pelo cotidiano atribulado. Gosto de pensar que as percepções são inesperadas e diversas. A poesia é o sumo da subjetividade humana, o sonho que não se pode estancar e todos nós necessitamos sonhar, sentir e criar novos lugares onde a liberdade afetiva e criativa seja possível”, afirmou. A apresentação da artista será na abertura do evento.

Já Ademilton Barros apresenta o espetáculo ‘Luz do meu Erê’, desenvolvido junto à Cia Fuá de Terreiro, através de uma pesquisa que o artista fez do desenvolvimento do próprio filho Adriel Barros, desde o nascimento até um ano de vida. Numa apresentação solo, é contado um pouco do desenvolvimento da criança junto com a perspectiva de paternidade do intérprete.

“Essa é a primeira oportunidade que estamos tendo em mostrar de forma híbrida a nossa arte. A relação da plateia e o espetáculo é extremamente forte para que ele aconteça, onde as pessoas vão poder ver danças populares brasileiras. A atração é mergulhada nessas danças, a exemplo do cavalo marinho, do frevo, do caboclinho e maracatu rural. É um espetáculo pensado em espaços alternativos, onde o público tem a interação direta com a apresentação’, observou. Ele também se apresenta na abertura do evento.

Exposição – O monumento Casa da Pólvora será ocupado pela obra ‘Territórios das presenças e das ausências’, de Luiz Barroso. O artista apresenta uma grande parte do trabalho feito com colagem de papel, seja com seda ou folhas de revistas. Além disso, vai expor quadros e fazer uma homenagem às vítimas da covid-19.

“Cada pessoa que vai visitar a exposição tem uma história de vida, o que faz com que cada um tenha uma leitura diferente da obra. É um trabalho que vai estar à disposição das pessoas para que elas se questionem, se interroguem, porque a obra de arte não é só para beleza, mas questionar as emoções e percepções de mundo”, concluiu o artista Luiz Barroso, cujo trabalho fica em exposição até o dia 1º de outubro.

Pular para o conteúdo