Em sua primeira reunião do ano, o Conselho Municipal de Cultura de João Pessoa garantiu a participação e efetivação de representantes do Fórum de Artistas Pretas e Pretos, que passam a ocupar uma cadeira no Conselho. Incluir e ouvir é a orientação da gestão municipal e o caminho seguido pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), mantendo o diálogo permanente com todos os setores da cultura. No encontro, que ocorreu de forma virtual nesta quinta-feira (15), a Fundação apresentou aos participantes as ações que têm sido realizadas este ano pela Prefeitura.

Na lista de assuntos, foi discutido o pagamento da sétima parcela da Lei Aldir Blanc, realizado na última terça-feira (13) pela Funjope, repassando para os artistas o montante de R$ 211 mil referentes a 55 projetos que tinham sido aprovados, mas que ainda não tinham recebido o recurso.

A questão do apoio emergencial à cultura foi outro ponto do debate. “Nesse ponto, ficou claro que conseguimos chegar a categorias e grupos sociais realmente excluídos como, por exemplo, os artistas pretos e pardos. Temos 1.843 inscritos e mais de 1.500 artistas se autodeclararam negros ou pardos. Isso é uma grande conquista. Significa que conseguimos, efetivamente, chegar a categorias extremamente esquecidas”, frisou o diretor-presidente da Fundação, Marcus Alves.

Além destas, se inscreveram ainda representantes do circo, teatro, música, literatura e artes plásticas. “Isso mostra que estamos conseguindo, com esse apoio emergencial, cobrir todas as categorias de artes e artistas”, acrescentou. “Acho que fica muito clara a forma diferente e inovadora com a qual a Funjope vai trabalhar com o Conselho Municipal de Cultura, no respeito com os artistas e com os profissionais da cultura de todas as áreas”, afirmou. Esta foi a primeira reunião do ano e foi elaborada uma agenda de encontros até o mês de dezembro.

“Nesta reunião, conseguimos vencer todos os pontos da pauta. Houve uma boa participação dos conselheiros do poder público e da sociedade civil. Dentre outras questões pontuadas, tivemos a inclusão do Fórum de Artistas Pretas e Pretos”, reforçou Hélder Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Cultura de João Pessoa.

Ele relatou que houve também a construção de três comissões temáticas, uma sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Plurianual, outra sobre o Plano Municipal de Cultura e a terceira relacionado aos Pontos de Cultura. “Demos início ao trabalho do ano do Conselho. Marcus Alves nomeou Antônio Alcântara como vice-presidente do Conselho e Rivaldo Dias para o segundo secretariado”, declarou o conselheiro.

Editais – Há ainda editais antigos, de 2019, de ocupação da Casa da Pólvora e do Casarão 34. Os artistas foram selecionados, mas não tiveram suas exposições realizadas em 2020. “A gente garante que este ano estas exposições serão realizadas. Já conversamos com os artistas selecionados para o Casarão 34 para fazer um novo agendamento”, acrescentou Marcus Alves.