Inclusão

Estudantes ouvintes da Rede Municipal de João Pessoa participam de campeonato de Libras

22/08/2024 | 14:00 | 18

Os alunos do Ensino Fundamental I da Escola Municipal Ativa Integral (EMAI) Economista Celso Monteiro Furtado, no bairro João Paulo II, estão participando do ‘I Campeonato de Libras – Mão na massa, Libras em ação’.

A final do campeonato e a entrega de medalhas será nesta sexta-feira (23), às 9h. Apenas os alunos ouvintes da unidade de ensino participam do torneio que tem como objetivo despertar e incentivar o desejo de adquirir fluência na Língua Brasileira de Sinais.

“O objetivo é estimular a fluência dos nossos alunos. Então a gente teve a ideia de fazer o campeonato para estimular as crianças que ainda estão com pouca fluência em Libras. Já tem alguns que estão mais avançados. Aí pensamos em como estimular esses alunos. Foi daí que surgiu o campeonato. E graças ao empenho tanto dos nossos alunos quantos dos nossos professores está sendo um grande sucesso. Tudo é fruto de muito trabalho”, explicou a professora de Libras e organizadora do evento, Sandra Diniz.

A EMAI Economista Celso Monteiro Furtado tem em torno de 360 alunos, sendo 16 surdos. Esses alunos não enfrentam uma barreira linguística uma vez que eles conseguem conversar por sinais com os demais alunos.

Regras – A competição é por ano de ensino. Por exemplo, alunos do 1º ano enfrentam alunos do mesmo ano, 2º ano do 2º ano, e assim até o 5º ano. A banca julgadora é formada por professores e alunos surdos.

Nesta quinta-feira (22) foi a vez dos alunos dos 5º anos. Dois deles se colocaram em frente a uma mesa com cartas viradas contendo fotos de animais e outras com as cores. Os alunos apontam a carta que quer, desenho ou cor, a banca desvira a carta e mostra para os alunos que terão um tempo de 10 segundos para demostrar, em Libras, qual o nome do animal ou da cor. Quem for mais rápido e acertar vai se classificando para a rodada final. Em seguida entra mais uma dupla.

A aluna Ruthe Maciel, do 5º ano, não escondeu a ansiedade e falou o que representa essa competição. “Estou bastante nervosa, mas estou achando tudo bastante maravilhoso. E essa competição é importante porque aprendemos cada vez mais a interagir com as nossas amigas que são surdas. Elas brincam com a gente de tudo e não ficam sozinhas. A gente conversa na sala, a gente ajuda eles. No final, todos nós aprendemos”, disse a estudante Ruthe Maciel.

A estudante Maria Eduarda também comemora a realização do torneio. “Muita gente não tem essa conexão que nós temos em poder falar com eles. Eu, quando eu era pequenininha, via eles conversando por sinais e não sabia o que fazer. Aí eu ficava só olhando e tentando falar com a boca. Só que quando eu comecei a aprender, eu comecei a falar com eles, aprender com eles também, porque eles nos ensinam. E eu acho que já somos vencedoras porque tentamos” disse com orgulho a estudante.

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