Torneio no Maranhão

Estudantes da Rede Municipal participam de uma das maiores competições de robótica do mundo

13/02/2025 | 15:09 | 271

Entusiasmo e ansiedade eram os principais sentimentos entre os 19 estudantes da Rede Municipal de Ensino da Prefeitura de João Pessoa, que viajaram, na manhã desta quinta-feira (13), para São Luís (MA), para participar da etapa regional da First Lego League (FLL), uma das maiores competições de robótica do mundo. O torneio reúne equipes de diversas regiões que terão seus conhecimentos desafiados nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.

Nesta edição, a temática da competição é ‘Oceanos’. A ideia é incentivar os participantes a explorarem soluções inovadoras para a resolução de desafios relacionados a problemáticas do meio ambiente e à preservação dos recursos marítimos.

A secretária de Educação e Cultura da Capital, América Castro, falou da satisfação da participação dos alunos pessoenses nesse projeto. “A gente fica muito feliz que os nossos alunos tenham destaque. O primeiro destaque é realizado nas competições do ano passado das robóticas locais, estaduais e nacionais e hoje vamos competir num evento internacional. Então, a gente fica feliz em ver o resultado do empoderamento dos nossos alunos nas competições não só em robótica, como em ciência, matemática e em outras áreas também”, observou.

Segundo ela, a participação no evento é um reflexo do compromisso da gestão municipal com a inovação na educação e os incentivos na ciência e tecnologia dentro da rede pública de ensino. “O prefeito Cícero Lucena tem incentivado a educação com a aquisição de vários equipamentos tecnológicos e na formação da Lego em toda rede municipal, inclusive com a formação de todos os professores nessa metodologia, com o objetivo de que os estudantes tenham destaque. Eu sempre digo aos estudantes que só em competir eles já são vencedores. A gente fica aqui na torcida para que venham mais primeiros lugares. Os meninos são habilidosos, participaram no ano passado trouxeram os primeiros lugares e a gente espera esse resultado nessa competição também”, complementou a secretária.

Segundo Kaio Vítor, chefe da Divisão de Robótica e Cultura Maker da Sedec, a Prefeitura de João Pessoa está levando 19 estudantes, 10 professores e 4 professores de coordenação para participar da competição. No total, são cinco escolas da rede municipal participantes:  Professor Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque (Bairro das Indústrias); Educador Francisco Pereira da Nóbrega (Cristo Redentor); Aruanda (Bancários); Tharcilla Barbosa da França (Grotão) e Escola Municipal Ativa Integral (EMAIs) Professor Anísio Teixeira (Ernani Sátiro).

“Eu fico muito feliz, em primeiro lugar pelo prefeito Cícero Lucena e a secretária América terem confiado a nós essa responsabilidade, por esse grande investimento, que já está trazendo grandes resultados, tanto para os alunos que estão indo nesta viagem, como para os estudantes de toda rede de trabalhar com o Lego, um dos melhores kits de robótica do mundo. É um desenvolvimento absurdo. Então, isso é um motivo de alegria imensa para todos nós da coordenação”, frisou.

Um exemplo é Pedro, de 13 anos, estudante da Escola Aruanda. “Atualmente, estou participando do projeto de robótica que a gente está fazendo um sinalizador inteligente para ajudar no salvamento de pessoas por corrente de retorno”, contou. Pedro disse que está muito animado com a viagem e a participação no evento. “Estou me sentindo animado e meio nervoso, porque é um evento muito grande pra mim. É a minha primeira temporada. Tenho muita expectativa de que vai ser um negócio legal. Treinei muito pra isso e estou animado”, disse.

Já Ana Lívia, de 12 anos, também estudante do Aruanda, no 7º ano, atualmente participa de uma aula especial de robótica na escola, e na Sala Make, onde os alunos trabalham no contra turno para a competição, além de aulas normais onde os alunos já possuem aula de robótica. “Esse processo todo tem sido inovador e eu estou me sentindo ansiosa, porque é um sonho que ninguém imagina viver, né? E eu espero que a viagem seja muito legal”, relatou.

Elisson Dutra, diretor do Departamento de Informática Escolar, explicou como funcionam esses espaços de estudo da robótica nas unidades escolares. “Em 44 escolas da Capital foram instaladas a Sala Make, que é aquela sala criativa, Faça Você Mesmo. Nesse espaço make, além do aluno ter acesso ao faça você mesmo, também tem acesso a aulas de robótica. E aí, ao participar desses projetos, quando tem campeonatos ou eventos de robótica, como a FLL, que é um torneio, os melhores alunos que se destacam nessas atividades no decorrer do ano na escola, são convidados a integrar a equipe que vai representar essa unidade escolar nesses campeonatos. Foi o caso do Pedro e da Ana Lívia”, revelou.

Além da competição, os estudantes também terão atividades de lazer na programação que inclui um tour pela cidade de São Luís do Maranhão, contando inclusive com um guia turístico. “Ao chegar à cidade, eles vão conhecer São Luís do Maranhão e vão receber informações históricas, geográficas e culturais da cidade. Ao retornar, eles terão uma atividade robótica chamada STEAM, baseada, justamente, nesses conhecimentos adquiridos”, explicou Luciana Dias, secretária executiva de Educação e Cultura. STEAM é uma abordagem pedagógica que integra as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática.

A FLL é estruturada em diferentes categorias que avaliam o desempenho dos estudantes em quatro áreas principais: Desafio do Robô – os times programam robôs de LEGO para cumprir missões específicas em um tempo determinado; Projeto de Inovação – os alunos identificam um problema real dentro do tema proposto e desenvolvem uma solução inovadora; Design do Robô – avaliação da engenharia e programação dos robôs criados pelas equipes; e Valores Fundamentais – trabalho em equipe, criatividade e cooperação são essenciais para o torneio.

Luciana Dias explicou que as equipes que se destacarem em suas categorias terão a chance de se classificar para a etapa nacional, garantindo uma vaga entre os melhores do Brasil e podendo até avançar para competições internacionais.

Segundo ela, os estudantes participaram de um intenso processo de preparação, incluindo oficinas de robótica nas escolas municipais e competições locais, que os qualificaram para esta etapa. O torneio não apenas desenvolve habilidades técnicas, mas também promove o pensamento crítico, a colaboração e a resolução de problemas, preparando os jovens para desafios reais do futuro.

A mediadora de tecnologia Olga Zacchi, da Escola Aruanda, ressaltou que essa viagem será um complemento no desenvolvimento dos estudantes dentro do processo de aprendizagem. “É notório que essas crianças vêm aprendendo muito. A jornada em si é tão importante quanto a competição. Eles vêm desenvolvendo muito questões como oratória, em vários componentes como a ciência, matemática e também os valores, que eles levam para a vida, que é a inclusão, trabalho em equipe, a diversão, a inovação, o impacto e a descoberta. São os valores que realmente vem se desenvolvendo na jornada dessas crianças”, destacou.

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