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Estação Ciência abre exposição do ‘4º Festival de Arte na Primeira Infância’ nesta sexta-feira

06/09/2024 | 20:00 | 19

As obras de arte de dezenas de crianças dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e escolas estão expostas na Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Arte, no bairro Altiplano, a partir desta sexta-feira (6), com o tema ‘Estado de poesia: para viver e sentir’. A exposição, que acontece até o dia 30 de outubro, faz parte do ‘4º Festival de Arte na Primeira Infância (FAPI), resultado de um trabalho realizado pela Secretaria de Educação e Cultura (Sedec-JP), por meio do Departamento de Educação Infantil (DEI).

O lançamento da exposição contou com a apresentação do coral Infantil de surdos da Prefeitura de João Pessoa, que apresentou, na linguagem dos sinais, a poesia e música “As Borboletas”, do poeta carioca Vinícius de Moraes.

 “As crianças, desde maio, vêm trabalhando com poesia. Foram onze unidades de educação infantil da rede municipal de João Pessoa que participaram de uma imersão com o gênero poesia mediada por escritores, artistas e professores”, explica a diretora do Departamento de Educação Infantil (DEI), professora doutora Maria Sonaly Machado.

“A produção final desta imersão é o que compõe a exposição à materialização das poesias em obras de arte. Um trabalho repleto de muito significado. Convidamos a todos e todas a “transver o mundo”, como diria Manoel de Barros, uma jornada de escuta… e de apreciação de obras poéticas. Que sejam ouvidas, sentidas e eternizadas nas diversas formas de expressão artística”, reforça.

Festival de Arte – A abertura do ‘4º Festival de Arte na Primeira Infância (FAPI)’ aconteceu na última quarta-feira no Teatro Pedra do Reino, com a apresentação do espetáculo ‘Carroça de Mamulengos’.

Segundo Maria Sonaly Machado, o projeto foi iniciado em 2021. “O objetivo do projeto é estimular a produção, o acesso e a difusão da arte e cultura para a primeira infância no município de João Pessoa. “Como fruto desse contato, o direito de construir categorias estéticas de produção e apreciação da arte, além do progressivo domínio dos procedimentos do fazer artístico, como forma de expressão e de conhecimento do nosso povo.  Nada melhor do que fazer isso por meio das palavras, pois a literatura nos humaniza e nos coloca em contato com o outro”, disse.

Ilson Moraes, curador do Celeiro Espaço Criativo, da Secretaria de Educação, acompanhou de perto as atividades do projeto no CMEI Júlia Ramos, do bairro da Torre. “Eu fiquei muito satisfeito de ter participado. Essa exposição não é feita das crianças para os adultos ou dos adultos que ajudaram as crianças, é uma exposição das crianças para as crianças, dos adultos que ainda são crianças, para pessoas que ainda têm sensibilidade de olhar o mundo de uma maneira diferente. Através desse trabalho, buscamos transformar crianças em cidadãos críticos, em pessoas que conseguem ver o mundo de uma maneira mais humana”, destaca.

Também participou do processo, a professora Maria Verônica Ferreira, do CMEI Nossa Senhora da Penha, no bairro da Penha. “Acompanhar o processo foi maravilhoso. Eles foram muito espontâneos”. Ela conta que na sua turma trabalhou o tema “Por um Mar sem Lixo”. Para as crianças foi lido um poema sobre o tema e eles também foram levados à praia. “Já no caminho eles iam catando o lixo. Outro fator que contribuiu foi que na semana anterior havíamos trabalhado o tema meio ambiente”, acrescenta.

Heitor Gabriel, de 6 anos, desenhou um barco e um peixe no mar. “O mar é azul, sem lixo. Porque se tiver lixo os peixinhos morrem”. Sua colega de turma, Anne Gabriela, também de 6 anos, desenhou no seu quadro a praia com coqueiros, água e peixes. “Gostei muito do meu quadro. Quando penso na praia, lembro dos coqueiros”.

Já na turma da professora Clesilda Gomes, conhecida como Didi Gomes, do CMEI Júlia Ramos, do bairro da Torre, o tema escolhido foi o ‘brinco’, de brincar. As crianças transformaram seus desenhos em brinquedos usando material reciclável como garrafa pet, rolo de papel higiênico, bandeja de guardar ovos, cordão, prendedor de roupas, palito de picolé, entre outros. “A ideia foi estimular o brincar, daí eles foram tendo as ideias, desenhando no papel e depois fomos colocando em prática, transformando os desenhos em brinquedos com os materiais que a gente tinha, estimulando a construir o seu brincar”, explica.

Beatriz Pereira, de quatro anos, aluna do CMEI Júlia Ramos, fez um boi-bumbá e um elefante utilizando rolos internos do papel higiênico e outros materiais. Ela fez também um avião, usando palito de picolé e prendedor de rouba. “Gostei muito de ter feito. Quero mais”, completa.

Além dos CMEI Nossa Senhora da Penha (Penha) e Júlia Ramos (Torre), participaram desse processo de criação com seus mediadores as seguintes unidades de ensino da Rede Municipal: Santa Clara (Castelo Branco), Márcia Suênia (Mangabeira VIII), Arlete de Almeida Nunes (Ernesto Geisel), Maria Emília Coelho (Bairro das Indústrias), Daura Santiago (Colinas do Sul/Gramame), Nossa Senhora da Boa Esperança (José Américo), Margarida Maria Alves (Jardim Veneza) e as escolas municipais Dom Marcelo Pinto Cavalheira (Paratibe) e Senador Ruy Carneiro (Mandacaru).

Durante o mês de setembro e outubro as crianças das unidades de Educação Infantil dos CMEIs e Escolas irão visitar a exposição e participarão de oficinas envolvendo experiências artísticas no município de João Pessoa. 

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