A Secretaria de Educação e Cultura de João Pessoa (Sedec-JP), por meio da Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação (Degef) e do Departamento de Programas Especiais (DPE), encerrou e premiou, nesta sexta-feira (16), as escolas da Rede Municipal que participaram do ‘III Festival de Teatro’, no Ednaldo do Egypto. As apresentações fizeram parte da 3ª edição do ‘(A)gosto do Estudante: saberes, autonomia e direitos está em sua terceira edição’.

Durante quatro dias se apresentaram alunos das escolas municipais Santos Dumont, Presidente João Pessoa, Odilon Coutinho, Escola Anysio Teixeira, Padre Pedro Serrão, Violeta Formiga, Fenelon Câmara e Escola Bilíngue Dom José Maria Pires.

“Essa semana foi muito produtiva tanto aqui no Teatro como na Usina Cultural Energisa. Essas apresentações teatrais começaram com as oficinas realizadas nas escolas através dos professores de Arte e ou de História que se adaptam ao máximo e trazem essas belas peças. E é legal ver alunos da plateia saindo daqui e dizendo que quer a escola dele participando no próximo ano”, disse com a gestora do Teatro Ednaldo do Egypto, Letícia Rodrigues.

Todas as escolas receberam um troféu pela participação, além de livros para professores e kits de sandálias. Já as escolas Violeta Formiga, Fenelon Câmara e Escola Bilíngue Dom José Maria Pires foram premiadas ainda como destaques do Festival.

A aluna Marya Klara dos Nascimento Lima, que estava na plateia, se emocionou ao ouvir que a escola que ela estuda, a Bilíngue Dom José Maria Pires, foi o 1º lugar nas escolas destaque. Ela fez parte do elenco que apresentou a peça ‘DESconectados’.

“Eu estou emocionada porque foi algo complicado. Os ensaios, na sua maioria, estavam errados, mas nossa professora, Mirela Ribeiro Ferreira, acreditava na gente, acreditávamos em nós mesmos e quem diria que iriamos chegar em primeiro lugar. Achei incrível esse Festival. Obrigado, parabéns”, comemorou.

O encerramento do Festival de Teatro contou com uma participação especial das alunas da Escola Municipal Padre Pedro Serrão, que encenaram a peça ‘Minhas Marias’, dirigida pelo professor de Artes, Flavinho Ramos.

Ele explicou que ‘Minhas Marias’ tem retratado a ancestralidade das meninas do próprio grupo, da bisavó, da avó e da mãe de uma das meninas, da Carolina. “Mostra também como essa trajetória das meninas pretas na periferia vem repetindo o ciclo de violência, e em algum momento, por algum motivo, esse ciclo foi quebrado e a Carolina não foi chamada de Maria de propósito e virou Ana Carolina. Então, ela traz essa dor da ancestralidade da família dela como uma ferramenta de força para quebrar e incentivar essas quebras de ciclos de violência, que vêm se repetindo de geração em geração”, explicou Flavinho.

O chefe da seção de apoio ao Grêmio Estudantil da Sedec, Bruno Chaves, fez uma avaliação do Festival durante o (A)gosto do Estudante. “A experiência desse ano foi muito interessante e muito potente. Em relação aos outros anos, a gente teve uma participação muito maior de escolas e de público. Tivemos várias temáticas, desde dança, desde espetáculos com um tom teatral mais forte, com um tom musical mais forte, e outras com um tom de dança corporal mais forte. Houve uma grande diversidade de apresentações, mostrando um pouco da diversidade que nós tivemos nas nossas escolas e os trabalhos que são realizados pelos nossos professores”, disse.