A Controladoria Geral do Município de João Pessoa deu início à adequação da sua estrutura de trabalho ao modelo mundial de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) para o setor público. Isso significa que a Prefeitura Municipal de João Pessoa deu um importante passo, reconhecido internacionalmente, para uma auditoria interna efetiva fomentando as boas práticas de uma administração pública. A portaria foi publicada no diário oficial da última quarta-feira (22). O documento pode ser consultado aqui.

O Controlador Geral do Município, Diego Fabrício, destacou que esse é um modelo universal baseado em práticas líderes em auditoria. “Temos muito o que aprender e evoluir com esse modelo globalmente reconhecido, pois, o IA-CM se presta a ser uma ferramenta estratégica, uma estrutura para auto avaliação e avaliações externas e um roteiro para melhoria e desenvolvimento ordenados”, explicou.

Ainda de acordo com o Controlador, é importante ressaltar o papel fundamental exercido pelas auditorias internas no fortalecimento dos processos de governança da administração pública. “Nosso objetivo, enquanto auditores, é fomentar as boas práticas na gestão pública. Cuidar do cidadão é também zelar pela correta aplicabilidade do seu dinheiro. Além disso, o modelo estabelece os passos para que uma função de auditoria interna possa progredir de um estágio inicial para um estágio mais forte e efetivo”, completou Diego Fabrício.

A CGM, no último dia 13 de março, participou de reunião com a Controladoria Geral do Estado da Paraíba (CGE-PB), onde apresentou a auto avaliação já realizada e colheu feedbacks sobre os resultados e propostas de linhas de ações a se tomar em prol do atendimento ao modelo.

Assim como também solicitou a CGE-PB, que esta atue como o avaliador externo da Controladoria e certificador do atendimento dos níveis desejados.

IA-CM – O Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) para o setor público (Internal Audit Capability Model for the Public Sector), foi desenvolvido em 2009 pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA) com apoio do Banco Mundial, atualizado posteriormente em 2017. De maneira geral, essa estrutura internacionalmente reconhecida é feita para identificar os fundamentos necessários para uma auditoria interna efetiva, de modo a atender às necessidades da administração da organização e às expectativas profissionais da função.

Níveis – O IA-CM compreende cinco níveis de capacidade progressivos, nos quais são descritas as atividades de auditoria referentes àquele nível. Os níveis são: 1 – Inicial; 2 – Infraestrutura; 3 – Integrado; 4 – Gerenciado; 5 – Otimizado. A partir da implementação de processos sustentáveis e institucionalizados em um determinado nível, constrói-se a fundação para que a atividade avance para o próximo nível.

No serviço público, é esperado alcançar, pelo menos, o Nível 3 – Integrado para que se considere uma atividade de AI eficaz e madura. Atingir esse nível significa que a AI está em conformidade com as Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (Normas – IPPF) e concentra seus esforços em assuntos de capacidade, independência e objetividade.