Saúde
Centro de Práticas Integrativas e Complementares do Valentina realiza mais de 8 mil atendimentos em 2022
02/01/2023 | 08:00 | 2151
O Centro de Práticas Integrativas e Complementares (Cpics) Canto da Harmonia, localizado no bairro Valentina Figueiredo, realizou, em 2022, mais de 8 mil atendimentos, com uma média de recepção a 70 usuários por mês. O espaço, vinculado a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de João Pessoa, disponibiliza a população diversas atividades e terapias voltadas a estimular a prevenção e recuperação da saúde de maneira natural, buscando integrar o ser humano ao meio ambiente, a sociedade e ao autoconhecimento.
O número de atendimentos registrados em 2022 cresceu em torno de 22% comparado ao ano anterior. Em 2021 foram registrados 6.283 usuários. Já em 2022 foram 8.072. Para a diretora do Canto da Harmonia, Greicy Bernardo, a compreensão da população sobre a saúde mudou devido aos impactos da pandemia da Covid-19.
“Grande parte do impacto emocional e psicológico se deu pela forma inesperada como a pandemia aconteceu. A saúde mental foi levada ao limite e, com isso, o aumento no número de atendimentos em 2022. Hoje entendemos que, além da saúde física, a saúde mental e a emocional são muito importantes. As práticas integrativas e complementares buscam compreender não apenas como está sua saúde hoje para tratar os sintomas, mas cuidar dela, desde sua raiz, de maneira preventiva, considerando o que foi vivenciado até aqui”, argumenta.
Terapias – Para os tratamentos de saúde e bem-estar a população tem a disposição terapias individuais e em grupo. Neste último caso estão disponíveis as seguintes atividades: biodança; dançaterapia; constelação familiar; taí chi chuan; resgate de autoestima, relaxamento e meditação. As terapias individuais são: reiki; auriculoterapia; barras de acess; acupuntura; massagem; terapia floral; reflexologia podal e ventosaterapia. As terapias mais buscadas pela população são: biodança, dançaterapia e relaxamento.
Apaixonada pela biodança, a terapeuta Zenaide Martins, tem formação pelo instituto Internacional de Biodança (IBF) e convive, quase, que integralmente apenas com mulheres em suas aulas. “Falar da biodança me emociona. A biodança me transforma num ser humano melhor”. Ela explica que a “biodança é a dança da vida”, executada em cinco linhas de vivências – vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência.
Nessas linhas, segundo ela, são trabalhadas diversas psicopatias como ansiedade, raiva, medo, solidão, desarmonia, hostilidade reprimida, dependência afetiva, relações tóxicas, sentimentos de inutilidade, culpabilidade, frustração, ressentimento, dor moral, síndrome maníaco-depressiva, bulimia, anorexia, transtornos gastrointestinais, hipertensão, artrite deformante, fragilidade, etc. “Dependendo da psicopatia, algumas pessoas conseguem obter resultados positivos em curto espaço de tempo, a exemplo da depressão, que pode ser controlada em três meses”.
Jacira Meneses, de 80 anos, buscou as terapias alternativas para tratar de uma depressão o que a levou a conhecer a biodança no Centro de Práticas Integrativas e Complementares (Cpics) Equilíbrio do Ser, nos Bancários, onde passou mais de um ano em tratamento. Anos depois passou a frequentar o Canto da Harmonia. “Busquei a biodança, porque desde de criança tinha vontade de dançar, mas a educação do pai era muito rígida. Depois me surpreendi, porque a biodança, na verdade, é uma dança de tratamento de saúde”, relata.
“A biodança me faz muito bem, me solta, fica muito mais comunicativa. Não sei nem enumerar, porque são muitas coisas boas. Pretendo continuar sempre. Volto pra casa mais solta e maravilhosa”, brinca. Esse sentimento é compartilhado por Maria da Glória Souza, de 68 anos, que há mais de três faz biodança. “Pra mim, é uma maravilha, me auxilia bastante na autoestima, pois possibilita uma melhor qualidade de vida. Me sinto muito bem, no corpo, na alma e no espírito”. Glória participa também de outra terapia, o ‘Resgate da Autoestima’, e de grupos de convivência da melhor idade.
Para Arlete Fernandes, também de 68 anos “é tudo de bom”. “O dia que não posso ir sinto muita falta. Quando eu comecei tinha problemas de articulação, dores na lombar, um pouco de timidez e pensamentos negativos. Posso dizer que estou bem, as vezes tenho uma recaidazinha, mas nos socorremos no Canto da Harmonia. Lá é uma casa de Deus”. No centro de terapia, Arlete já participou da Constelação Familiar, Reiki, massagem, acupuntura, auriculoterapia e Tai Chi Chuan. “Eu vivia caindo e com as práticas fiquei mais firme, forte. Levei topada, mas não cai”, conta.
Rede e serviços – A rede de serviços de práticas integrativas e complementares de saúde do município de João Pessoa é composta por três centros: o ‘Canto da Harmonia’ (Valentina Figueiredo), ‘Equilíbrio do Ser’ (Bancários) e o ‘Cinco Elementos’, no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Roger).
Serviço – o serviço é aberto para todas as faixas etárias. Para ter acesso, a população deve se dirigir as sedes dos Centros de Práticas Integrativas e Complementares portando RG, CPF, cartão SUS e comprovante de residência. O usuário passa pelo acolhimento e escuta com terapeuta que indica as terapias adequadas para seu tratamento.
Canto da Harmonia
Rua Ulisses Alves Pequeno, s/n° – Valentina Figueiredo.
Telefone: 3218 5873.
Atendimento – segunda à quinta-feira – 8h às 12h e 13h às 17h
sextas – 13h às 17h.
Equilíbrio do Ser
Av. Sérgio Guerra, s/n° – Bancários.
Telefone: 3214.2921
Atendimento – segunda a sexta-feira – 8h às 17h (ordem de chegada – prioridade para usuários preferenciais).
Cinco Elementos
Parque Arruda Câmara (Bica) – Roger.
Atendimento – terças e quintas, à tarde.
Telefone – 3214-1204
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Texto: Ângela Costa
Edição: Katiana Ramos
Fotografia: Divulgação -
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