D R T R J .15855 Ivomar Gomes Pereira.

O Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Capsi) Cirandar atende, atualmente, 32 crianças ou adolescentes que foram vítimas de algum tipo de agressão. A maioria desses casos se refere à violência física, sexual ou psicológica e, no serviço, é oferecido apoio profissional a essas crianças e adolescentes. O tema é tão importante e merece total atenção da sociedade em geral que tem até uma data – nesta quinta-feira (4) é o Dia Mundial de Combate à Agressão Infantil.

De acordo com a diretora do Capsi Cirandar, Luanna Campos, as agressões são mais comuns na faixa etária de 13 até 17 anos e, em vários casos, a violência acontece dentro do ambiente familiar ou escolar. “Já recebemos casos em que as crianças foram agredidas por padrasto, tio, avô ou funcionário da escola, além dos casos de bullying”, destacou.

Geralmente, os casos chegam ao serviço após os familiares ou responsáveis serem orientados pelos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), serviços de Atenção Básica, Conselho Tutelar ou Ministério Público.  “O Capsi Cirandar é um serviço de saúde e está à disposição para esclarecimentos e orientações aos familiares, responsáveis e à própria vítima”, afirmou.

No local, é realizada uma triagem com a equipe multiprofissional, em que a criança ou adolescente passa por avaliação psicológica, atendimento com assistente social e consulta com psiquiatra. Se for constatado que a vítima está desencadeando um transtorno mental, ela será assistida pela equipe semanalmente. Nos casos em que não há transtorno mental, ela será encaminhada para serviços ambulatoriais.

“Combater à agressão infantil não é nada fácil, considerando que muitas vezes a vítima não tem coragem de falar da agressão, por medo, pois em muitos casos são violências domésticas. Isso dificulta a liberdade da criança de expor ao terapeuta todo o seu sofrimento”, destacou a diretora do serviço.

Capsi Cirandar – É um serviço que integra a rede atenção psicossocial do município de João Pessoa. Atualmente, mais de 580 crianças e adolescentes na faixa etária de três a 17 anos são acompanhados pelo Centro, que recebe casos de transtorno mental severo ou persistente e uso abusivo de substâncias psicoativas.

No local são oferecidos atendimentos de psicologia, psiquiatria, serviço social, terapia ocupacional, enfermagem, oficinas terapêuticas com educador social, práticas integrativas e dispensação de psicotrópicos com atendimento clínico farmacêutico, além de oficinas terapêuticas também para os familiares.

O atendimento é realizado por demanda espontânea, ou seja, a pessoa (ou o responsável) pode procurar o serviço diretamente. Porém, para evitar aglomeração e a disseminação do coronavírus, durante o período de pandemia estão sendo atendidos apenas os casos de extrema necessidade. Para orientações, o público pode entrar em contato através do número 3214-6079, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.